A Polícia Federal (PF) detalhou, no final da manhã, a operação realizada nesta sexta-feira contra um esquema criminoso que adulterava a carne. Entre os investigados estão as maiores empresas do setor frigorífico do país, como a BRF Brasil, dona das marcas Sadia e Perdigão, e a JBS, dona da Friboi e da Seara, e pessoas ligadas ao ministério da Agricultura.
De acordo com o delegado Maurício Moscardi Grillo, parte da propina paga por empresários investigados na Operação Carne Fraca era destinado a partidos políticos. Nos dois anos de investigação, há indícios de propina destinada ao PP e ao PMDB, disse o delegado. Investigações começaram entre fevereiro e março de 2015, mas, segundo Grillo, não há como saber quando as práticas iniciaram.
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Na ação da manhã, 1,1 mil policiais federais cumpriram 309 mandados judiciais, incluindo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão nas casas e nos locais de trabalho dos investigados. Só na casa de superintendente do Ministério da Agricultura suspeito de fazer parte do esquema criminoso foram apreendidos R$ 65 mil.
– É difícil dimensionar a quantidade de propina – afirmou Grillo.
Assista, na íntegra, a entrevista coletiva: