A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 0,08%. O resultado representa uma desaceleração no comparativo com agosto, quando o indicador variou 0,44%. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa é a menor desde julho de 2014. Além disso, o IPCA de setembro é o mais baixo para o mês desde 1998.
A taxa acumulada no ano foi de 5,51%. Em 12 meses, o resultado ficou em 8,48%, ainda muito acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.
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Preços de alimentos reduzem ritmo da inflação em setembro
Os alimentos tiveram uma queda de preços de 0,29% em setembro deste ano e foram os principais responsáveis pela redução do ritmo da inflação oficial. Diversos alimentos tiveram queda de preços em setembro, como a batata-inglesa (-19,24%), leite longa vida (-7,89%), feijão-preto (-3,77%), óleo de soja (-1,03%), hortaliças (-4,42%) e ovos (-2,52%).
Outros grupos de despesas que contribuíram para a queda da taxa do IPCA entre agosto e setembro foram os artigos de residência (-0,23%) e os transportes (-0,1%). Os itens não alimentícios que tiveram as principais quedas foram hotéis (-6,53%), cigarros (-3,32%), passagens aéreas (-2,39%), automóveis usados (-1,5%), TV, som e informática (-1,15%), mobiliário (-0,65%) e gasolina (-0,4%).
Os gastos com habitação e com saúde e cuidados pessoais tiveram as maiores taxas de inflação, impedindo uma queda maior da taxa do IPCA. A habitação teve uma inflação de 0,63% em setembro. Já o grupo de saúde e cuidados pessoais teve taxa de 0,33%.
Vários itens acusaram aumento de custo em setembro. Entre os alimentícios, as maiores altas foram leite condensado (8,26%), leite em pó (5,64%), farinha de mandioca (3,4%) e cafezinho (2,17%). Entre os não alimentícios, as maiores taxas foram observadas no gás de botijão (3,92%), excursões (2,09%), alimentos para animais (1,42%), calçados (1,23%) e cabeleireiro (1,19%).