O Distrito Industrial (DI) de Restinga Seca, na Região Central, vai ser inaugurado na tarde desta quinta-feira (30).
De acordo com a prefeitura, o DI fica localizado em uma área de 32 hectares na Rua Coronel Horácio Borges, Centro, do qual ocupa 20 deles. A demarcação respeita a legislação ambiental de Área de Preservação Permanente (APP). Ela foi dividida em 72 terrenos (lotes) com 1.690 m² (65 x 26).
O terreno tem seis quadras, onde em cada uma ficarão empresas de um setor, como metalmecânico, moveleiro, artefatos de cimento, alimentação, têxtil/calçadista, tecnologia e município. A previsão é que sete se instalem ainda este ano no local. Há capacidade para até 72.
A vantagem para as empresas é quanto à economia que terão ao investir nos terrenos. Os lotes serão vendidos por metro quadrado. O custo deve ser de R$ 10 por metro quadrado, ou seja, um lote deve custar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil à empresa. É possível, na medida da necessidade de instalação, aumentar a área dos terrenos.
O município se beneficia com a instalação no momento em que a população é empregada e investe no consumo de bens e serviços, o que faz com que a economia da cidade cresça.
Na avaliação do secretário de Administração, Lucas Lemos da Silva, hoje, devido à situação econômica desfavorável do município, não é possível depender só de recursos do Estado e da União. Por essa razão é interessante investir em um DI, que deve trazer resultado em longo prazo.
Hoje, por exemplo, a prefeitura gasta R$ 1 milhão só com o pagamento de salários de servidores. O orçamento anual é de R$ 40 milhões, mas recebe, efetivamente, cerca de R$ 32 milhões.
"Se não for feito algo, o município vai chegar ao ponto de existir só para quitar salários", diz
A prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei (PL) que ampara a venda dos terrenos. Hoje, é revisada a questão tributária. A partir daí, será lançado um edital para comercialização das áreas.
O espaço tem calçamento, foi pavimentado, recebeu drenagem e ruas foram abertas, além de ter sido instalada a rede hidráulica e de eletricidade.
O empreendimento tem o valor estimado em R$ 1,482 milhão, onde R$ 1 milhão vem do Programa de Retomada do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul (Proredes/BNDES) e R$ 482 mil são uma contrapartida da prefeitura. A responsável pela obra foi a Construtora Vargas.