A nova diretoria do Banco Central (BC) deverá participar da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 19 e 20 de julho. Se não houver surpresas, a leitura do relatório favorável à mensagem da Presidência da República dos indicados deve ser feita na terça-feira, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e a sabatina, no encontro seguinte da CAE, em 5 de julho.
A data é dada como praticamente certa dentro do BC. Depois, se passarem pelo crivo dos parlamentares, os novos diretores do BC terão seus nomes submetidos a plenário, o que costuma ocorrer no mesmo dia ou no dia seguinte, deixando-os aptos, portanto, a assumirem suas novas funções.
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Durante a cerimônia de transmissão de posse, em 13 de junho, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, indicou Carlos Viana de Carvalho para a Política Econômica; Reinaldo Le Grazie para Política Monetária; o procurador-geral da instituição, Isaac Sidney Menezes Ferreira, para Relacionamento Institucional e Cidadania; e Tiago Couto Berriel para Assuntos Internacionais.
Assim como ocorreu em abril do ano passado, quando houve a última mudança de diretoria, a sabatina dos indicados deve ser feita de uma só vez. Na ocasião, a CAE aprovou Otávio Damaso para a área de Regulação e Tony Volpon para a diretoria de Assuntos Internacionais, com 22 votos a favor e dois contra.
Com a aprovação dos novos nomes, deixam os cargos os atuais diretores Altamir Lopes (Política Econômica), Aldo Mendes (Política Monetária) e Volpon. Luiz Feltrim, que era o titular de Relacionamento Institucional, permanece no colegiado como diretor de Administração. Com essa reestruturação, o Copom volta a ser formado por nove membros – oito diretores e mais o presidente. Também compõem o board os diretores Anthero Meirelles (Fiscalização), Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural) e Damaso.
Depois do anúncio oficial feito por Goldfajn, o presidente interino, Michel Temer, formalizou no Diário Oficial da União (DOU) do dia 17 as novas indicações. A aprovação de Goldfajn para a presidência pela CAE do Senado foi a mais baixa da era do Plano Real. O executivo recebeu 19 vezes sim e oito não. Como os votos são fechados, não se sabe ao certo quem reprovou o candidato, que até então chefiava o Departamento Econômico do Banco Itaú Unibanco.
Ao que tudo indica, o bloco formado por PT e PDT votou maciçamente contra o economista, o que pode ocorrer novamente durante a sabatina dos diretores. Dentro do BC, já eram esperados alguns votos contrários, mas eles acabaram ocorrendo em um número um pouco maior do que o previsto.
*Estadão Conteúdo