A bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou a terça-feira em queda de de 0,26%. Shenzhen, a segunda praça financeira do país, caiu 1,36%. Os valores estão bem abaixo da forte queda em torno de 7% registrada na segunda-feira, quando os pregões no país foram interrompidos precocemente e espalharam aversão ao risco para as demais grandes bolsas de Ásia, Europa e Américas.
Outras bolsas asiáticas também fecharam o dia com leve queda. O indicador Nikkei 225, no Japão, teve queda de 0,42%. Em Hong Kong, a Hang Seng Index descia 0,59% no final do dia.
Na segunda-feira, as bolsas chinesas encerraram antecipadamente, em consequência da ativação de um mecanismo para conter oscilações. O índice CSI300, que abrange as 300 principais empresas cotadas, começou caindo 5,05%, o que levou a uma suspensão das negociações por 15 minutos. Ao retomar, o CSI300 voltou a registrar queda de 7%, obrigando a uma antecipação do fim da sessão.
Devido ao cenário, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) fez nesta terça-feira uma de injeção de 130 bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões) em recursos de curto prazo no sistema financeiro do país, segundo comunicado, numa tentativa de acalmar os investidores após a forte queda sofrida ontem pelos mercados acionários chineses. O PBoC ofereceu os recursos na forma de contratos de recompra reversa de sete dias, com taxa de juros a 2,25%, informa o comunicado.
– O mercado está preocupado com o novo sistema de interrupção, e os investidores tendem a evitar risco quando enfrentam incertezas. Verificou-se um excessivo pânico para vender depois de o mecanismo de interrupção ser ativado ontem (segunda-feira) – disse o analista da Haitong Securities, Zhang Qi.
– As quedas acentuadas devem ser apenas de curto prazo e o mercado vai se recuperar depois de acalmar – acrescentou.