A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou outubro com alta de 0,82%, ante variação de 0,54% em setembro, informou na manhã desta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, a taxa acumulada no ano é de 8,52%, a maior para o período de janeiro a outubro desde 1996, quando alcançou a marca de 8,70%.
Em 12 meses, o IPCA atingiu o resultado de 9,93%, a maior nessa comparação desde novembro de 2003, quando estava em 11,02%.
Já a variação de preços de 0,82% detectada no mês foi o maior resultado para meses de outubro desde 2002, quando o IPCA atingiu 1,31%.
Combustíveis
Os combustíveis foram os maiores vilões da inflação de outubro. A alta de preços chegou a 6,09% e representou o maior impacto para o IPCA do mês, segundo o IBGE. A contribuição foi de 0,30 ponto porcentual, o equivalente a 37% do resultado do índice. Os combustíveis têm um peso de 4,89% no IPCA.
A gasolina ficou 5,05% mais cara em outubro, um impacto de 0,19 ponto porcentual para a taxa de 0,82% do IPCA do período.
O aumento do etanol em outubro foi de 12,29%. A contribuição desse produto é de 0,10 ponto porcentual no IPCA do mês.
Já os preços do diesel subiram 3,26% em outubro, refletindo o reajuste de 4,00% nas refinarias, também a partir de 30 de setembro. Nos últimos doze meses, a alta está em 15,94%.
Transportes
O aumento nos preços dos combustíveis impulsionou os gastos das famílias com Transportes em outubro. A alta foi de 1,72%, o mais elevado impacto de grupo sobre o IPCA do mês, uma contribuição de 0,31 ponto porcentual.
Também pressionaram o resultado os aumentos nas passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal(0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%).
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