A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,54% em setembro, ante 0,22% em agosto, divulgou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA acumula alta de 7,64% no ano, o maior índice desde 2003. Nos últimos 12 meses, o aumento é de 9,49%.
O principal responsável pelo acréscimo foi o preço do gás de botijão, que ficou 12,98% mais caro em setembro, adicionando 0,14 ponto porcentual à taxa do índice. A alta é fruto do reajuste de 15% autorizado pela Petrobras nas refinarias, vigente desde 1º de setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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"Enquanto em algumas regiões pesquisadas o preço do produto aumentou bem menos do que o reajuste concedido, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficou em 9,49%, em outras o preço superou em muito o reajuste. É o caso de Vitória, onde atingiu 20,08%, Goiânia, 19,68%, e Brasília, 19,23%", mencionou o IBGE.
Com o resultado do gás de botijão, o grupo Habitação acelerou de 0,29% em agosto para 1,30% em setembro, a maior alta do mês entre os grupos do IPCA. Outros itens, porém, contribuíram para o movimento.
Segundo o órgão, a taxa de água e esgoto ficou 1,48% mais cara no mês passado, tendo em vista aumentos ocorridos em Curitiba, São Paulo, Vitória e Rio de Janeiro.
A energia elétrica, por sua vez, avançou 0,28%, em função de reajustes em Brasília e Goiânia. Nas demais regiões, os resultados oscilaram, apontou o IBGE, por causa de impostos e da redução de 18% no valor da bandeira vermelha a partir de 1º de setembro. Além disso, também subiram o aluguel residencial (0,59%) e o condomínio (0,45%), segundo o instituto.
Porto Alegre
Na capital gaúcha, a inflação também subiu em setembro, com variação de 0,56%. Em 2015, a alta é de 8,40%. Já em 12 meses, o índice apresenta aumento de 10,51%.
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