O crescimento nas vendas de Páscoa foi de 2% nos supermercados gaúchos em 2015, na comparação com o ano passado, conforme apurou a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). E foi graças aos chocolates de tamanho menor, como bombons e ovos pequenos.
Os fatores que influenciaram nesse crescimento tímido, segundo a Agas, foram o endividamento dos consumidores, o acréscimo médio de 10% nos preços e a diminuição do poder de compra pelas altas dos combustíveis e da energia elétrica.
- Hoje, a tecnologia e a riqueza de informações permitem ao comerciante um planejamento estratégico muito eficiente, que reduz desperdícios e excessos nas negociações com a indústria. A venda de ovos de chocolate não cresceu em relação ao ano passado, o crescimento foi na data Páscoa como um todo - salienta o presidente da Associação, Antônio Cesa Longo.
De acordo com ele, somente 2% dos quase 9 milhões de ovos colocados à venda não foram comercializados até este domingo de Páscoa pelo setor.
Ao contrário do ano passado, quando os ovos de chocolate de maior valor agregado foram mais os mais procurados, neste ano, os consumidores investiram em presentes pequenos para contemplar mais pessoas: na Páscoa passada, cada gaúcho presentou em média quatro pessoas na data, enquanto neste ano a média subiu para seis presenteados.
Neste sentido, o setor supermercadista gaúcho investiu na "pré-Páscoa", evidenciando, nas gôndolas e na boca dos caixas, pequenos ovos e caixas de bombons ao longo de todo o mês de março para estimular o consumo.
Vendas de última hora
Cerca de 20% das vendas de Páscoa ficaram para o sábado, véspera da Páscoa. Quem comprou na última hora, segundo o presidente da Agas, buscou oportunidades e, sobretudo, preço baixo. No sábado, os supermercados do Estado registraram o melhor dia em vendas de caixas de bombons da sua história, com cerca de 2 milhões de unidades comercializadas. No total, o crescimento deste item na Páscoa foi de 30% em relação ao ano passado. As cestas de Páscoa também registraram crescimento de cerca de 10% na comparação com 2014.
Entre os pescados, o incremento nas vendas para a Sexta-feira Santa foi mais expressivo: o crescimento real do faturamento sobre estes produtos foi de 8%.
- O grande destaque foram os peixes de até R$ 15, e 98% dos pescados comercializados foram congelados - explica Longo, lembrando que o setor supermercadista ainda encontra dificuldades de abastecimento e de falta de fornecedores para ampliar a venda de peixe fresco.
Prejudicado pela alta do dólar, o bacalhau perdeu espaço para outros pescados.
A Páscoa ampliou, ainda, a comercialização de outros itens típicos, como a carne para o churrasco de domingo, os azeites e vinhos. As colombas pascais tiveram um crescimento de 20% nas vendas.
A partir da próxima semana, os supermercados do RS voltam seu foco para os atrativos de Dia das Mães, criando diferenciais aos consumidores.
* Assessoria de imprensa da Agas