O calor também marcou presença no primeiro dia da sétima edição da Campus Party, em São Paulo. Nem a alta temperatura ou a fila gigante que se formou na entrada do Anhembi Parque foram suficientes para tirar a animação de 8 mil campuseiros acampados na maior festa da tecnologia.
Instalados em diversas partes do pavilhão, os umidificadores de ar não deram conta de amenizar o calor, e bermuda e chinelo se transformaram em uniforme para os aficionados no mundo digital. As meninas, ainda minoria em eventos de tecnologia, optaram por shortinho e rasteirinha.
Confira vídeo sobre o primeiro dia da Campus Party
O enfoque em empreendedorismo também atraiu diversos marinheiros de primeira viagem. É o caso de Guilherme Yamakawa e Ricardo Aleixo. Os dois programadores estavam entre os primeiros a chegar ao Anhembi na manhã de ontem. Vieram de Maringá (PR), a 628 quilômetros da capital paulista, com mais seis amigos para assistir a palestras sobre como impulsionar um negócio. A dupla pretende abrir a própria startup em breve.
- Ideias não faltam, o que precisamos é de investidor - conta Ricardo, que diz ter dificuldades para encontrar empresários que apostem nas ideias.
Apesar da pouca idade - Guilherme tem 21, Ricardo, 20 -, os jovens ainda não sabem exatamente em qual ramo abrir o negócio, mas têm bem definido aquilo que não querem.
- Trabalhar para outros? Nem pensar. Quero fazer meus próprios horários e ter meu dinheiro - explica Guilherme.
Empolgados, pretendem permanecer no Anhembi nos sete dias do evento. Até agora apenas duas coisas não agradaram: o pouco número de meninas e o preço da alimentação.
- Um cachorro quente custa R$ 18, mano - reclama Ricardo, utilizando uma das típicas gírias dos jovens paulistas.