Promotor que atua na Operação Leite Compen$ado desde 8 de maio, Mauro Rockenbach, espera que a condenação aos seis réus acusados de adicionar ureia no alimento sirva de exemplo e iniba futuras fraudes. Ele ressaltou que as penas de até 18 anos e seis meses de reclusão, em primeira instância, foram adequadas aos crimes de adulteração, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
- A condenação é ingrediente altamente pedagógico. Agora sabem da gravidade que é adulterar leite, um alimento indispensável na dieta da população - afirmou o promotor na tarde desta quinta-feira.
Organizada pelo Ministério Público Estadual e o Ministério da Agricultura, a Operação Leite Compen$ado agora se volta para mais 19 acusados que aguardam julgamento. O promotor Rockenbach disse que eles estão nas cidades de Ibirubá (outros cinco), Guaporé, Ronda Alta, Horizontina e Três Maio.
Na sentença de 655 páginas, o juiz de Ibirubá, Ralph Moraes Langanke, decidiu que os seis réus agora condenados não poderão recorrer em liberdade. Eles continuarão recolhidos no presídio de Espumoso.
As condenações
Daniel Riet Villanova, veterinário e chefe do grupo. Pena: 11 anos e sete meses de reclusão, mais 420 dias de multa.
João Cristiano Pranke Marx, transportador. Pena: 18 anos e seis meses de reclusão, mais 630 dias de multa.
Alexandre Caponi, transportador. Pena: nove anos, três meses e 12 dias de reclusão, mais 120 dias de multa.
Angelica Caponi Marx, mulher do João Cristiano. Pena: nove anos e sete meses reclusão, mais 180 dias de multa.
João Irio Marx, dono do galpão onde ocorriam as adulterações e pai de João Cristiano. Pena: nove anos e sete meses de reclusão, mais 180 dias de multa.
Paulo Cesar Chiesa, transportador. Pena: dois anos e um mês. Sem multa.