Claudia Chiquitelli
Especial
A tendência de desaceleração da queda nos preços nominais dos imóveis residenciais continuou em fevereiro, quando a variação do IGMI-R, pesquisado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), para o Brasil ficou praticamente estável em relação a janeiro de 2017 (+0,02%). Com este resultado, a queda acumulada em 12 meses foi de -2,20%, desacelerando com relação aos -2,26% apontados em janeiro. A Capital gaúcha teve a maior variação positiva, com 0,46%, em relação às outras quatro capitais com resultados não negativos.
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A capital paranaense registrou 0,07%, São Paulo, 0,01%, Rio de Janeiro, 0,07%, e Fortaleza, 0,03%, apontando estabilidade. Com relação às demais quatro capitais, do total de nove avaliadas, o destaque de variação negativa foi Belo Horizonte (-0,16%), seguido por Recife (-0,11%), Salvador (-0,11%), e Goiânia (-0,10).
A tendência de desaceleração no ritmo de queda também foi disseminada entre as capitais na perspectiva da variação anual. Enquanto a variação de janeiro de 2017 sobre o mesmo mês de 2016 havia sido de -1,09% no caso de Porto Alegre, relacionando fevereiro de 2017 contra fevereiro de 2016 o índice passou para -0,61%. Considerando-se os mesmos dois períodos, essa tendência foi também verificada em São Paulo (-2,51% contra -2,49%), Belo Horizonte (-2,57% contra -2,35%), Curitiba (-1,62% contra -0,97%) e Salvador (-2,83% contra -2,79%).
De acordo com a entidade, as variações de preços em termos reais de forma geral apontam para quedas menores, na medida em que os principais índices de inflação passam por um claro processo de desaquecimento. Ainda que de forma gradual, a Abecip analisa que a combinação de alguma retomada do nível de atividade na economia brasileira, combinada com melhorias nas condições de crédito de forma geral, deve continuar a favorecer o processo de ajuste pelo qual vem passando o setor de construção, com impacto mais favorável sobre o desempenho dos preços.