Os proprietários de automóveis no Rio Grande do Sul já podem começar a se planejar para o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2019. Neste ano, para ter direito ao desconto máximo oferecido, será preciso quitar o imposto até 28 de dezembro deste ano, não mais até 2 de janeiro.
Se houver descontos de Bom Motorista e Bom Cidadão, a redução no primeiro prazo de quitação poderá chegar a 25% — redução na taxa de licenciamento de 3% e manutenção da Unidade de Padrão Fiscal (UPF) de 2018 . Quem pagar entre 29 de dezembro e 31 de janeiro segue com desconto de 3%, mas pagará a nova UPF (deve subir 4% a partir de janeiro).
A mudança de prazo pode pegar de surpresa aqueles acostumados a só se preocupar com o IPVA a partir do primeiro dia útil do ano, depois das festas de Natal e Ano-Novo. Basta lembrar que 28 será sexta-feira, o último dia útil de 2018, quando a maioria estará envolvida nos preparativos do Réveillon.
— Virou um costume as pessoas deixarem esse pagamento para o primeiro dia útil do ano. E já paga IPVA e IPTU juntos. Aí, vemos aquelas filas nos bancos. Neste ano, será preciso ficar ligado para não perder um desconto por isso — avisa o educador financeiro e professor Adriano Severo.
Olhar as outras contas antes de quitar
Severo afirma que, havendo dinheiro disponível para o pagamento à vista, o motorista não deve perder tempo. Vale a pena reservar parte do 13º, por exemplo, para quitar o imposto, porque o percentual é maior do que o de qualquer investimento seguro no mercado: se investisse o valor devido de IPVA, o condutor não teria rendimento de 3% em poucos meses.
Mas é preciso conferir as outras contas antes de usar parte de uma reserva para pagar todo o imposto. O planejador financeiro Mais Jailon Giacomelli considera importante conferir se há mais dívidas, o que pode obrigar o condutor a desistir do pagamento antecipado.
— É preciso olhar o todo antes de sair quitando IPVA e IPTU, por exemplo. Se a pessoa tem dívida no cheque especial ou no cartão de crédito, com juros muitos altos, a prioridade deve ser usar o dinheiro para sair dela. Pode ser o caso de pagar, neste ano, o imposto sem desconto — orienta Giacomelli.
Tanto Giacomelli quanto Severo descartam a opção de empréstimos para o pagamento antecipado do IPVA. Os juros cobrados por bancos e financeiras superam os 3% de desconto oferecidos pela Sefaz. A última opção para quem não tiver todo o valor deve ser o parcelamento.