As novas placas de veículos de todo o Brasil serão mais baratas e impossíveis de serem falsificadas, afirmou o Diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Maurício Alves, em entrevista na manhã desta segunda-feira (12) ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Seguindo o padrão adotado por países do Mercosul, elas contarão com um chip e um código que facilitarão o rastreamento e a identificação de automóveis roubados ou clonados. Os dados fornecidos pelos itens serão compartilhados com as polícias Federal, Rodoviária Federal e estaduais.
— Será impossível [falsificar], pois elementos como o QR code, o próprio chip, e outros elementos de segurança que têm na própria placa só poderão ser advindos do Denatran e repassados para essas fábricas [que produzirão os exemplares] — diz o diretor sobre a mudança no processo de confecção do item de identificação nos carros.
Outro benefício do novo modelo, segundo Alves, é o barateamento do preço final da placa, visto que peças presentes nos tipos atuais não constarão futuramente — caso do lacre. A nova dinâmica favoreceria o acompanhamento mais de perto por parte do Denatran que, em parceria com os Programas de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do país, teria mais força para fiscalizar possíveis abusos. O diretor estima que o preço médio será em torno de R$ 40 por unidade.
— Nosso objetivo é reduzir o custo para o cidadão brasileiro — conta Alves.
A resolução, que foi publicada no Diário Oficial da União quinta-feira (8), entra em vigor em 180 dias. Na primeira etapa, a mudança será válida para modelos zero quilômetro, veículos que passarem por transferência de município ou de propriedade, além de quando houver a necessidade de substituir placas. Os demais terão até 31 de dezembro de 2023 para se adaptar. De acordo com o Denatran, fica facultativo ao proprietário antecipar a substituição da placa.