Os gafanhotos encontrados nas últimas semanas no noroeste do Estado estão ocupando área estimada entre 20 e 30 hectares e vêm desfolhando a mata nativa da região, mas ainda não causaram danos expressivos nas lavouras. Técnicos agropecuários da Secretaria Estadual da Agricultura seguem monitorando o avanço dos insetos, em especial nos municípios de Santo Augusto e São Valério do Sul. As informações são do portal G1.
— São dois locais com grande desfolhe na mata nativa, especialmente folhas de timbó. Essa região tem contato direto com áreas de produção agrícola, de soja e milho. No entanto, os monitoramentos têm mostrado que as culturas agrícolas não são a alimentação preferencial desse inseto — apontou o fiscal agropecuário André Ebone.
O tempo seco vivenciado nos últimos meses foi um dos motivos que levou à movimentação dos insetos no Estado. No entanto, a chuva nos últimos dias reduziu o deslocamento dos gafanhotos. A recomendação aos produtores rurais é de que não seja feita a aplicação de nenhum produto químico.
Foram identificadas duas espécies de gafanhotos na região: a Zoniopoda iheringi e também ninfas de Chromacris speciosa. Ambas pertencem à mesma família, a Romaleidae, que não tem hábitos migratórios. Neste sentido, os insetos são diferentes da espécie migratória sul-americana (Schistocerca cancellata), que formou grandes nuvens na Argentina em junho e que levou o Estado à condição de emergência fitossanitária.