A proximidade com os pequenos produtores rurais da sua família fez com que Manolo Machado, 29 anos, desenvolvesse um silo sustentável para armazenagem de ração animal. A ideia rendeu a ele o primeiro lugar no Prêmio Roser — uma competição de empreendedorismo promovida pelo Parque Tecnológico São Leopoldo (Tecnosinos) — e faturamento que chega a R$ 1 milhão com a startup Silo Verde. A premiação foi o incentivo para apostar no produto.
Hoje, a empresa tem silos fabricados a partir de garrafa pet em cerca de mil propriedades rurais dos três Estados do sul. A empresa também fornece um software que analisa condições de armazenamento como umidade, temperatura e consumo.
O maior dos silos suporta oito toneladas e mede de quatro a cinco metros de altura por dois de diâmetro. É fabricado a partir de módulos de até 30 centímetros encaixados uns nos outros e ajustados por cintas. A startup está localizada em São Leopoldo e conta com cinco funcionários e três sócios.
Ao longo das pesquisas que resultaram na startup, Machado percebeu a dificuldade que os pequenos produtores tinham para armazenar grãos em razão do alto custo da estrutura. Com a reciclagem de material, a empresa conseguiu baratear o preço do silo e gerar benefícios ambientais ao aplicar toneladas de plástico que poluiriam o ambiente por centenas de anos.
— Temos como objetivo industrializar a agricultura familiar, gerando aumento de renda e melhoria da qualidade do trabalho, além de tornar a armazenagem sustentável e acessível a todos os produtores — diz Machado.
Entre as premiações recebidas, o empreendedor destaca os troféus Vencedores do Agronegócio e Três Porteiras, concedidos pela Federasul, e o Prêmio Eco Brasil, realizado há 35 anos pela Amcham Brasil e que reconhece as maiores inovações em práticas e produtos sustentáveis do país.
Conheça outras AgTechs gaúchas milionárias
A CowMed, startup que monitora o comportamento do gado leiteiro, despontou para o mercado em 2015. A empresa implementou programa Intérprete Virtual de Vacas, que informa o produtor por meio do celular se o animal está doente, muito tempo parado ou agitado demais.
A startup Checkplant tem três sócios, 21 colaboradores e 250 clientes, espalhados por oito Estados brasileiros. Seus softwares fornecem índices de produtividade do trabalhador e informações rápidas para tomadas de decisões no combate a pragas e doenças na soja e no algodão.