O domingo (26) de sol levou uma multidão a aproveitar as atrações da 41ª edição da Expointer, aberta neste final de semana em Esteio. De acordo com a organização do evento, pelo menos 60 mil pessoas visitaram o Parque de Exposições Assis Brasil ao longo do dia. No sábado (25), foram 33 mil. No pavilhão da agricultura familiar, o movimento era de formigueiro: longas filas percorrendo os balcões de venda de cucas, geleias, queijos e salames, que só pausavam para alguém petiscar ou fazer mais uma compra.
- Já exponho aqui há seis anos, e poucas vezes vi tanta gente - surpreendeu-se a produtora de rapaduras e cucas Miriam Bubolz, de São Lourenço do Sul, que reforçou o otimismo de vender pelo menos 6 mil guloseimas no período da feira.
Se depender de consumidores como Mariuza Ferreira Nunes, 60, os expositores não vão ter do que se queixar. Como faz todos os anos, ela e as irmãs vieram de Canoas à Expointer para lanchar e comprar produtos coloniais, erva-mate e até flores.
- Tem muita coisa boa, de qualidade, mas tem que saber negociar - disse ela, enquanto pagava por um salame de pernil para fazer em microondas.
Ela conta que, depois de uma boa prosa, comprou uma mateira de R$ 200 por R$ 50. Se os adultos se divertiam, os pequenos não ficavam para trás. Os animais - enormes gados de corte, imponentes cavalos, felpudas ovelhas e bezerros recém-nascidos - eram alvo de olhares curiosos e muitas fotografias. Uma das estrelas era um bezerro da raça Simental nascido na noite de sábado. A criançada se divertia tentando chamar a atenção do pequeno animal, vendo as demoradas lambidas da mãe por suas patas e gargalhava quando o bezerrinho engrenava uma caminhada. Alguns aproveitavam para sugerir os nomes. Por ordem do criador, deveria começar com Z. Zidane já tinha uma dezena de votos.
O garotinho Yuri Streb, de dois anos, finalmente pôde conhecer vacas e touros de verdade. Filho de açougueiro, só conhecia as espécies da TV, livros e das explicações do pai sobre sua profissão.
- É bom ele sair da cidade e conhecer um pouco melhor de onde vem o alimento. Já tomou leite de vaca, fez carinho nas ovelhas e até pediu pra subir num cavalo - diz o pai Wilson Guilherme Streb, morador de Novo Hamburgo.