Mesmo num ano em que a agropecuária começou o primeiro trimestre puxando o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado para baixo, a Expointer se inicia hoje sob um clima favorável. A expectativa, inclusive, é a de que a edição de 2018 se constitua na mais inovadora realizada até agora, tanto sob o ponto de vista da genética animal quanto do que será exibido em termos de máquinas e equipamentos agrícolas. É uma perspectiva promissora num Estado em que o agronegócio e a indústria metalmecânica costumam geralmente se constituir numa alternativa para atenuar os efeitos da crise econômica.
Além de exibir mais de 150 raças e de ampliar o espaço para a agricultura familiar, a mostra deste ano reúne desde o que há de mais típico em artesanato até avanços tecnológicos ainda há pouco impensáveis no cotidiano do setor rural. Sinal de que o setor primário, mesmo abalado pelas consequências de embargos comerciais e da greve dos caminhoneiros, segue pensando à frente. Com isso, tende a propiciar a volta de resultados favoráveis, como os registrados no ano passado.
O que não falta na mostra de Esteio deste ano são justamente inovações que, em diferentes áreas de atividade – da criação de animais às lavouras de soja, passando pela fruticultura – têm potencial para garantir maior produtividade e rentabilidade. É o caso, entre muitos outros, do uso de inteligência artificial em sistemas de monitoramento de variáveis climáticas e condições do solo, de programas de melhoramento genético e os de qualidade da carne, de robótica na produção de leite e até mesmo da possibilidade do uso de aplicativos para auxiliar no dia a dia de quem lida com fruticultura.
Lançamentos na área de máquinas e implementos agrícolas – incluindo de tratores para diferentes tipos de atividade, semeadoras, colheitadeiras, pulverizadores e equipamentos para irrigação, entre outros – dão uma ideia aos visitantes da diversidade de linhas voltadas para a atividade primária. O potencial para facilitar o agronegócio é reforçado pela multiplicidade de opções de crédito colocadas à disposição dos produtores rurais. Essas particularidades contribuem para o cenário se mostrar menos adverso para o Estado.
O que mantém a Expointer como uma das razões de orgulho dos gaúchos é a sua capacidade de resistência, até em momentos de crise e pouco favoráveis ao agronegócio. A esse aspecto se soma a sua capacidade de se renovar a cada edição, não importam as circunstâncias.