Após seis anos, o título nacional de produtividade de soja voltou ao Rio Grande do Sul. O produtor Gabriel Bonato, de Sarandi, no norte do Estado, alcançou 127,01 sacas de soja por hectare no Desafio Nacional de Máxima Produtividade 2017/2018. O rendimento, mais do que o dobro da média nacional, foi colhido em uma área de 2,5 hectares no município de Pontão. Para alcançar o resultado, o agricultor campeão preparou o terreno por quase seis anos.
– Não é fácil chegar a essa marca, mesmo em uma área pequena – conta o produtor de 30 anos, hoje estudante de agronomia, que deixou a carreira de bancário na cidade para administrar a propriedade da família no interior.
Entre os fatores que garantiram o primeiro lugar na competição, promovida há 10 anos pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), estão a escolha de uma área com produtividade acima da média, semente com alto potencial e boa adubação na base das plantas. Além disso, proteção contra doenças e respeito aos intervalos de aplicação de produtos químicos. A receita, baseada em alta tecnologia, foi completada com a mão de obra familiar.
– Nós fazemos todo o manejo da lavoura, com um cuidado extremo – afirma o produtor, que contou com a ajuda do pai, Egídio Bonato, 74 anos, e de técnicos da Cotrisal.
E os bons resultados não se resumem ao talhão vencedor no concurso. Estão também na média colhida em toda a área da propriedade de pouco mais de cem hectares: 86 sacas por hectare, bem acima da média nacional de 55 sacas.
A 10ª edição do Desafio do Cesb, que divulgou os vencedores no Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia (GO), recebeu mais de 5,5 mil inscrições de produtores rurais de todo o país.