Nascido na terra da melancia em Goiás, no município de Uruana, Odair José Nunes, 45 anos, vem há 15 anos trabalhar no Rio Grande do Sul na época da colheita da fruta. Quando a safra acaba no Estado, recomeça no Centro-Oeste.
– Fico de dezembro a março aqui no Sul. Depois volto para a safra de lá. Trabalho o ano todo na lavoura de melancia – conta Nunes.
A remuneração é calculada pelo número de cargas feitas por dia. Na lavoura em São Jerônimo, os trabalhadores colhem a fruta, colocam-na em uma carreta agrícola, puxada por um trator, para depois encher os caminhões. Em ano de safra boa, Nunes chega a receber mais de R$ 6 mil por mês pela produtividade – somando quase R$ 20 mil em três meses.
– Nessa época, eu não teria trabalho em Uruana. Então compensa ficar longe de casa, da família, apesar de toda a saudade – conta o goiano, que trabalha há mais de 20 anos na cultura da fruta.
A busca por funcionários em outras regiões do país é justificada pela carência da mão de obra no Rio Grande do Sul e também pela prática dos trabalhadores, com anos de experiência.
– Eles são especializados na colheita, chegam a carregar uma melancia em cada braço – relata o produtor Maurício Luft que, no total, contrata quase 30 trabalhadores no período da safra.
A melancia na sua mesa
As propriedades nutricionais da melancia são de excelente qualidade para consumo no verão, explica a nutricionista Débora Vargas. A fruta contribui para a reposição de sais minerais como magnésio, potássio, cálcio e também de vitamina C – que protege a pele dos danos causados pelo sol. Cada cem gramas de melancia tem apenas 33 calorias. A sugestão da nutricionista é liquidificar a fruta gelada, com pouquíssima água e colocar em taças com gelo.