A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) aponta um aumento significativo no número de produtores rurais que acionaram o seguro devido às perdas em lavouras no Estado. A procura aumentou ainda no último mês, devido ao período de seca, e se intensificou nos últimos dias com o mau tempo que atinge o Rio Grande do Sul.
Conforme o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, a cultura mais afetada no Estado é o trigo. Há lavouras com perdas de até 80%.
— O prejuízo para os produtores é incalculável. O trigo, com certeza, não vai ser colhido com a mesma qualidade. A seca já estava prejudicando a cultura, mas, com as chuvas e o granizo, o fungo também atingiu as lavouras. Há produtores que não vão conseguir se recuperar e, em muitos casos, a colheita não terá qualidade para produção de pães — lamenta Kuhn.
Além do trigo, as culturas de milho e de tabaco também ficaram bastante prejudicadas. A Emater/RS ainda contabiliza os danos, e deve ter um levantamento mais completo na próxima semana.
No caso do arroz, Kuhn afirma que na Fronteira Oeste apenas 30% foi plantado, sendo que nesta época do ano, o ideal seria 70%. A fruticultura também foi impactada, como o cultivo do pêssego.
O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) é o seguro para pequenos e médios produtores. Os trabalhadores acionam o banco e, a partir daí, a Emater faz a estimativa de perdas em cada lavoura.