A necessidade de aumentar a escala de produção reduzirá cada vez mais o número de cooperativas no Brasil – seguindo tendência mundial, segundo o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
– As cooperativas terão de buscar competitividade e isso, inevitavelmente, resultará em fusões e aquisições – considera Freitas.
Sobre o futuro de médias e pequenas cooperativas, o dirigente aponta os caminhos da segmentação, da diferenciação e de nichos de mercado.
– As cooperativas orgânicas são um bom exemplo. Mas quem trabalhar apenas com commodity, como grãos para exportação, precisará se tornar maior para conseguir competir – diz Freitas.
A economia globalizada levará as cooperativas a se unirem, seja por intercooperações ou fusões, concorda Vergilio Perius, presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs).
– Há uma tendência natural de integração em processos produtivos, logísticos e de negócios. O mercado exigirá fôlego, e as parcerias trarão essa força extra – prevê Perius.
A redução do número de negócios não resultará em menor faturamento ou diminuição de empregos, esclarece o presidente da Ocergs. Como exemplo, cita as cooperativas agropecuárias que, apesar de em menor número hoje do que há cinco anos, estão faturando mais e gerando mais vagas.