No Rio Grande do Sul, existem fazendas que produzem de 50 quilos a até mil quilos de carne por hectare ao ano, exemplifica Fernando Cardoso, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul. Embora a atividade tenha se modernizado nas últimas décadas, com ganhos de qualidade e produtividade, o setor tem ainda muitas oportunidades pela frente. Segundo a Agroconsult, o Rio Grande do Sul é um dos únicos Estados onde o peso médio de abate vem diminuindo nos últimos anos:
– É uma pena, pois o campo nativo é um dos principais patrimônios da produção gaúcha, assim como as raças britânicas puras – lamenta Nogueira.
Uma das razões para a produtividade menor é a necessidade de diversificar as formas de manejo do campo nativo, principalmente para garantir nutrição na fase de terminação dos animais.
Leia mais:
Drones e identificação eletrônica: a pecuária do futuro já chegou ao RS
VÍDEO: a fazenda high-tech que tem rendimento 10 vezes acima da média
INFOGRÁFICO: as tecnologias que farão a diferença na pecuária
– É preciso manejar o campo de forma correta, sem deixar os animais perderem peso, com adubação e ajuste da carga de bovinos – explica o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul.
Para tornar a pecuária menos heterogênea, a exemplo do modelo padronizado da agricultura, é preciso também modernizar os processos de gestão, alerta Ruy Fachini Filho, presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS):
– Se peguntarmos quantos quilos de carne os pecuaristas produzem por hectare, poucos sabem responder. É preciso ter tudo na ponta do lápis.