Responde: Lucas da Ressurreição Garrido, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho
Chuvas frequentes e umidade são as condições ideais para o crescimento dos fungos nos parreirais. Na Serra, as principais doenças são o míldio (mufa) e as podridões do cacho. Para controlar o míldio, utiliza-se produtos à base de cobre, como a calda bordalesa, que protege por aproximadamente 15 dias. Já as formulações de hidróxido de cobre ou oxicloreto de cobre devem ser reaplicadas a cada sete dias ou após chuvas acima de 20 mm. Para evitar podridões, o produtor deve diariamente retirar as bagas ou pedaços de cacho com sintomas de apodrecimento. Também é recomendada uma ou duas pulverizações dos cachos com fungicidas sistêmicos - como piraclostrobina + metiram; boscalida + cresoxim metílico; tebuconazole; tetraconazole; bacillus subtilis, entre outros - sendo a primeira antes do fechamento do cacho e outra de 15 a 30 dias antes da colheita, respeitando o período de segurança. Nas aplicações, o agricultor deve utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e evitar horários muito quentes ou com vento, além de direcionar os bicos adequadamente, seja para as folhas ou para os cachos. Dessa forma, o manejo trará um resultado positivo na qualidade da uva colhida.