Nesta quarta-feira (31), é celebrado o Dia Mundial do Orgasmo. A data foi criada em 1999, na Inglaterra, por uma rede de sex shops, como estratégia para tentar aumentar as vendas de produtos eróticos. Na época, uma pesquisa havia apontado insatisfação das britânicas com sua vida sexual, e a criação de um dia para celebrar o ápice do prazer também se mostrou um bom recurso para promover debates e quebrar tabus.
A pedagoga Claudia Petry, especializada em sexologia clínica e educação para a sexualidade, além de membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash), reforça que, para as mulheres, tocar o próprio corpo, se masturbar e buscar o prazer sempre foi uma coisa proibida, pecaminosa, por questões culturais e de educação. Já o homem é muito mais estimulado a isso.
— O menino, quando vai crescendo, consegue ter fácil acesso ao pênis, enquanto para nós, mulheres, é um órgão completamente interno. A gente consegue sentir, mas não consegue ver — relata.
Esse é um dos motivos, segundo a especialista, que tornam importante a existência do Dia do Orgasmo. Ela defende que as mulheres desenvolvam esse olhar sobre si e entendam que podem gostar de sexo e sentir prazer, ao mesmo tempo em que descobrem o próprio corpo.
Além disso, o clímax traz benefícios, como liberação do hormônio da felicidade, tonificação do assoalho pélvico, já que acontecem contrações involuntárias, melhora do humor e diminuição da ansiedade.
Guia do próprio corpo
O autoconhecimento é essencial para que a mulher atinja o ápice do prazer e consiga conquistar orgasmos múltiplos. Conforme a sexóloga Dani Fontinele, ele é possível para todas e uma dica para entender melhor o próprio corpo é variar os estímulos. Por exemplo, se a masturbação costuma ser manual, vale começar a praticar também com um vibrador.
— Toda mulher é orgástica, ou seja, pode atingir o orgasmo — afirma a especialista, que reitera que a exceção são as que têm algum problema biológico, fisiológico ou hormonal.
De qualquer forma, Dani aponta a necessidade de a mulher se tocar, sem esperar que alguém faça isso por ela. O ideal é que saiba onde gosta de receber carícias e como gosta, detalha:
— Peguem um espelho e se olhem. Coloquem a mão, vejam como funciona, onde é sensível, onde não é.