Revelar a idade é um tabu para você? Na volta da seção Donna das Minhas Escolhas, convidamos duas mulheres que encaram a passagem do tempo de diferentes formas para contar suas experiências.
A seguir, veja a opinião de uma leitora de Donna que faz questão de se intitular “uma mulher de 60 muito bem-resolvida”. Na seção, trazemos também o relato de uma mulher que reivindica o direito de omitir a informação sem ser julgada.
Confira:
“Me orgulho de ser uma mulher de 60 anos”
Sou uma mulher de 60 anos que tem linhas de expressão no rosto, pé de galinha, marcas... E daí? Digo em voz alta a minha idade para quem quer que seja. Quando vou preencher formulários, na consulta médica, na roda de amigos, para desconhecidos, não importa. Falo claramente, em bom som, não fico constrangida. O envelhecimento não deveria assustar porque é um lembrete de tudo o que já passamos.
Escolhi não viver em contagem regressiva, foco no fato de que tenho saúde para seguir em frente. Às vezes, até aumento a minha idade. Faço aniversário em julho, mas, em janeiro, já conto para as pessoas que tenho um ano a mais. Esses dias, minha filha me corrigiu: “Mãe, tu ainda não fizeste 61!”. É verdade, não fiz, só que não vejo esse número como um limitador. Fico grata por ter chegado até aqui cheia de planos, buscando uma vida saudável e equilibrada e curtindo minhas filhas adolescentes, pois me tornei mãe aos 46 anos.
O envelhecimento não deveria assustar porque é um lembrete de tudo o que já passamos
CARMEN LÚCIA RODRIGUES NEVES
professora aposentada
É claro que preciso conviver com as mudanças no corpo. Gostaria de amenizar a flacidez, por exemplo. E tudo bem, faz parte. Só que isso não faz eu ter menos orgulho de gritar por aí que sou uma mulher de 60 muito bem-resolvida. O espelho não é meu inimigo. Precisamos nos assumir, essa liberdade não tem preço.
Muita gente fica espantada porque falo abertamente sobre isso, em choque porque me amo e me nego a viver esse tabu. Tenho orgulho de ser uma mulher de 60 anos. E falar isso sem rodeios não deveria mais horrorizar ninguém.
Carmen Lúcia Rodrigues Neves, 60 anos, professora aposentada, de Porto Alegre
Donna das Minhas Escolhas
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