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Contar a trajetória das oito finalistas da quinta edição do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram lança o desafio: existe limite para a vocação e a empatia?
Selecionadas entre centenas de indicações de especialistas em diferentes áreas, elas se destacam da ciência à moda sustentável e fazem diferença. Mais do que exemplo de grandes realizadoras, o que une este grupo é a certeza de que é preciso que alguém dê o primeiro passo. Exatamente o que elas fizeram.
Leia e inspire-se no exemplo de Juliana Estradioto, uma das finalistas de 2020. As vencedoras serão anunciadas na edição dos dias 21 e 22 de março.
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Juliana Estradioto
Ela recém havia alcançado a maioridade quando conquistou um feito inédito no Brasil. Estudante do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), de Osório, Juliana Estradioto tornou-se a primeira jovem brasileira selecionada para acompanhar a cerimônia do Prêmio Nobel. Em dezembro do ano passado, ela viajou à Suécia para apresentar o resultado de uma das pesquisas que desenvolveu no colégio durante um seminário para jovens cientistas, que reunia 25 participantes do mundo inteiro.
– Sou de Osório, então achava que as antenas do Morro da Borússia eram o mais alto que eu poderia chegar – brinca Juliana, hoje com 19 anos. – E então estava em Estocolmo com as pessoas mais importantes da ciência mundial.
No contraturno das aulas do curso técnico em Administração, Juliana descobriu como transformar a casca do maracujá em plástico biodegradável. A semente da fruta também serviu como ponto de partida para pensar em um método que ajuda a despoluir a água contaminada por corantes industriais têxteis. A partir da casca da noz macadâmia, desenvolveu uma membrana usada para substituir materiais sintéticos – e que pode ser utilizada como curativos para a pele.
No currículo da guria, estão mais de 40 reconhecimentos e prêmios – incluindo três participações em uma feira nos Estados Unidos para estudantes que ainda não chegaram ao Ensino Superior. Enquanto se prepara para cursar a faculdade de Engenharia de Materiais na UFRGS, Juliana divide-se entre projetos para “tornar a ciência mais acessível para os jovens, especialmente, para as meninas”.