Você tem a sensação de que seus dias precisariam ter horas extras para dar conta de tantos compromissos neste final de 2018? O encerramento do ano letivo dos filhos, as compras de Natal e Ano-Novo, a festa da firma, os amigos-secretos, os reencontros com colegas próximos e distantes. A lista de tarefas parece não ter fim, mas a sua paz, sim.
– É bem comum entrar em parafuso, pois a demanda aumenta muito. A impressão que se tem é que as pessoas querem colocar os compromissos de um ano inteiro em um mês – atesta Taty Nascimento, especialista em Liderança Humanizante e Inteligência Emocional e cocriadora do canal de YouTube Vida com Método.
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Tamanha correria impacta diretamente na sua saúde. Está comprovado que o nível de estresse do brasileiro sobe, em média, 75% em dezembro, segundo uma pesquisa da Isma-BR (International Stress Management Association – Brasil).
– Essa soma de acontecimentos aumenta muito o nível de estresse, especialmente entre as mulheres. Se a mulher trabalha fora, em geral está mais envolvida profissionalmente com o fechamento do ano em curso e com o planejamento do ano a vir. A mulher que não trabalha também tem uma sobrecarga muito grande. Ela se torna normalmente a mais responsável pelas atividades domésticas, pela lista de presentes, pela organização das festas de final de ano. Essa sobrecarga extra e muitas vezes desnecessária acaba fazendo com que muitas se sintam ainda mais ansiosas e angustiadas – diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR.
Atitudes práticas tanto de organização pessoal quanto de reduzir cobranças e expectativas podem tornar mais tranquilos os dias que antecedem a passagem para 2019. Antes de perder a cabeça, veja seis passos que podem ajudar você a manter a paz e chegar a janeiro sem estresse.
Tenha prioridades
Dica de ouro para não pirar: selecione quais eventos você realmente precisa e quer participar de maneira racional. Para isso, Ana Maria sugere que você responda sinceramente a essas três perguntas: o que é realmente importante para mim nesse momento? Que tradições quero manter? Com quem eu quero compartilhar esse momento?
– Cá para nós, é libertadora a sensação de entender que tudo bem não participar de todos os eventos, principalmente aqueles que você irá apenas para marcar presença e não vai trazer nenhuma felicidade _ acrescenta Taty.
Respeite seus limites. Aprenda a dizer não. Isso já vai poupar você de um grande desgaste emocional.
Faça compras no mesmo dia
O ideal é fazer as compras com antecedência, para evitar as lojas lotadas. Se você ainda não encarou a maratona, uma dica para facilitar sua vida é se organizar para esgotar a lista de Natal em um mesmo dia e no mesmo local, assim você economiza tempo e energia. Liste quem você vai presentear e organize seu itinerário de compras.
O mesmo vale para a ceia: vá com a lista na mão e se certifique de que não esqueceu nada para não precisar voltar ao supermercado lotado depois.
Seja consciente sobre seus gastos
Os compromissos de final de ano geram custos, por menores que sejam.
– São despesas adicionais em uma época em que muitas pessoas já estão sem dinheiro e algumas sem receber salário, inclusive – lembra Ana Maria.
Por isso, seja consciente com as finanças.
– Considere dar mais abraços, carinho e atenção do que um presente material – sugere a psicóloga.
Aprenda a respirar
Exercícios de respiração ajudam você a se acalmar nos momentos de maior tensão. Uma simples respiração profunda e lenta, enchendo os pulmões e soltando o ar pela boca, já ajuda a controlar a ansiedade.
Mexa-se!
Outra dica de Ana Maria é se movimentar. Reserve alguns minutos para gastar energia.
– Pratique uma atividade física. Uma caminhada na quadra ou trocar o elevador pela escada já ajuda. É uma forma de canalizar sentimentos como ansiedade, frustração e até raiva – explica Ana Maria.
De brinde, você ainda ganha uma boa noite de sono.
Peça ajuda
Não tem nenhum problema admitir que você precisa de ajuda. Recrute familiares para participar da organização das festas. Que tal cada um ficar responsável por um detalhe da ceia?
– Quando a família planeja junto, há mais envolvimento e participação de todos. Delegar funções também une – pondera Ana Maria.
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