Campanha Dove Real Beleza, 2013. Foto: Reprodução
A mídia é uma ferramenta criadora de opinião. É a principal fonte de informação e entretenimento humano e pode contribuir para o processo de massificação de qualquer ideia, então, apesar de levar a informação pra todos, também pode ser perigosa quando o conhecimento passado é carregada de preconceitos.
Pois no final da última semana a marca Dove, da Unilever, que tem tomado uma posição tão interessante nos últimos anos em relação a real beleza feminina, valorizando mulheres de diversos corpos, cores e cabelos fizeram uma ação que pode ter uma interpretação extremamente racista.
Em uma campanha no Facebook de um sabonete líquido da marca, há a representação de uma mulher negra com uma camiseta marrom que utiliza o produto e se transforma em uma mulher branca com blusa branca (como na imagem inicial). Na realidade, a ideia me pareceu que o sabonete poderia ser usado por qualquer pessoa, mas o que transmitiu mesmo foi a imagem da pessoa negra como suja. E isso é um absurdo sem tamanho. A responsável pelo anúncio foi a Dove americana que, com a repercussão negativa, tirou do ar a publicidade e se desculpou.
Aqui no Brasil, a questão também ecoou e a Maíra Azevedo (@tiamaoficial), jornalista e youtuber que luta pelas causas negras pela qual tenho enorme admiração, fez um post em seu Instagram que me tocou e transmitiu muito do que eu penso em relação a mulher negra:
Atitudes assim não podem ser engano, com certeza quem trabalha com marketing entende a situação do mundo e deve prestar serviço a todos para o bem, justamente por saber da influência que tem sobre as pessoas.
Não podemos fechar os olhos para a publicidade racista.
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