A marca Givenchy celebrou a "beleza imperfeita" em seu desfile de prêt-à-porter na capital francesa, neste domingo (1). A coleção outono/inverno 2020-2021 foi apresentada no hipódromo de Longchamp, em Paris, em um pavilhão envolto em fumaça vermelha.
As peças foram inspiradas na artista visual portuguesa Helena Almeida, que em sua obra sempre abordou a relação entre o corpo e sua imagem.
– É uma beleza muito imperfeita – declarou à AFP a diretora artística da marca de luxo francesa, Clare Waight Keller.
É a sensualidade liberada pela linguagem corporal das mulheres poderosas que fascina a estilista britânica, que explora a "aspereza e suavidade" na nova coleção.
A modelo Kaia Gerber exibiu um vestido vermelho com capa integrada, um conjunto de linhas limpas e flexíveis.
Os cabelos são enfeitados com chapéus de abas enormes e suaves, ou aparecem lisos e engomados. A maquiagem é natural.
Os lenços são amarrados nas costas ou revestem as bolsas. Os casacos são fechados com um broche de alfinete e combinados com sandálias cor de carne, como se as modelos desfilassem descalças.
O vermelho se mistura com o preto; o verde, com o roxo. Branco e preto aparecem em estampas ou bordados listrados ou quadriculados. Luvas ultrapassam a altura dos cotovelos.
Vestidos longos mostram patchworks de estampas, plissados, drapeados e têm a cintura marcada por cinto de couro largo e assimétrico.
Veja algumas fotos:
Após produzir uma coleção de casacos de pele sintética e, depois, renunciar a este material por não considerá-lo muito ecológico, Clare Waight Keller voltou a recorrer ao mesmo nesta coleção. Os novos casacos são feitos de peças de diferentes cores e texturas.