A organização da São Paulo Fashion Week emitiu uma nota neste domingo (28) justificando as decisões tomadas na noite de sábado após a morte do modelo Tales Cotta, 25 anos, no desfile da grife Ocksa. Nas redes sociais, o público criticou a continuidade da programação, que seguiu mesmo depois da confirmação do óbito.
Segundo a nota divulgada no Facebook da SPFW, Cotta foi levado ao hospital com vida. Não havia "indicação de que viria a falecer".
"Com a informação de que ele estava sendo atendido, ficamos juntos com a agência Base acompanhando e dando toda a assistência necessária. Fomos informados oficialmente pelo hospital do falecimento às 18h50min - 1h30 depois que Tales precisou ser atendido. O atestado de óbito registra horário da morte às 18h40min. Neste horário, ainda faltavam três marcas a desfilar: Piet, Ponto Firme e Cavalera", detalhou a organização do evento.
Ainda de acordo com a nota, houve uma reunião da organização da SPFW com as "marcas, diretores de desfiles, stylists e modelos próximos de Tales, que tinham desfiles na programação, e foi dada a opção de cancelar os mesmos".
"Mesmo abalados, decidiram manter os desfiles. Todos os envolvidos foram acompanhados de perto. Foi decidido também pelo minuto de silêncio na abertura de cada desfile, o retirar do som da vinheta de abertura nas salas de desfiles, a pausa na cobertura oficial do evento, o encerramento da música no evento e foi pedido que as marcas considerassem o ocorrido em suas celebrações no backstage", afirmou a organização por meio do texto.
Sobre as críticas à possível falta de comida vegetariana no backstage, a SPFW confirmou que "todos os backstage tem comida com opções vegetarianas durante todo o tempo que está em funcionamento". Já sobre a causa da morte, o texto explica que "ainda não há um laudo oficial", apesar do primeiro comunicado emitido ontem pelo evento indicar que o modelo teve um "mal súbito".