Se tem uma experiência que nenhuma mãe quer passar é a de perder seu filho em um local público. E embora tomemos o maior cuidado, ninguém está livre disso acontecer. Então a principal dica é: neste período de férias, praia, piscina lotada, temos que redobrar a atenção e seguir alguns passos básicos.
Confira as dicas:
Oriente a não falar com estranhos
A primeira ação de uma criança que está perdida é procurar ajuda, certo? E é aí que pode morar o perigo, já que ela pode acabar pedindo ajuda a pessoa errada. Procure sempre orientar seu filho a somente conversar com pessoas que estejam uniformizadas e credenciadas pelo local como seguranças ou atendentes de lojas, por exemplo. E que ele nunca acompanhe pessoas estranhas que prometam "ajudar a procurar a mamãe ou o papai".
Combine um ponto de encontro
Quando chegar ao local, mostre um ponto de fácil visibilidade e acesso e combine com seu filho que, caso ele se perca, ele pode aguardar ali até alguém vir buscá-lo.
Pulseirinhas de identificação iguais
Uma maneira de facilitar o contato de alguém com você caso seu filho se perca são as pulseiras de identificação onde você coloca seu nome e telefone de contato. Aqui usamos as da BBDU e ajuda muito. Algumas mães também se utilizam dos ursinhos-guias, uma mochila de pelúcia com uma guia que prende a criança a mão da mãe ou pai.
Preste atenção nas roupas que a criança veste
No caso de seu filho sumir, a primeira coisa que vão perguntar para ajudar na busca são características e o que ele estava vestindo. Cada detalhe faz uma enorme diferença.
Não abandone as crianças pequenas com recreadores
É comum que muitas mães se utilizem de espaços de recreação para poder fazer suas compras com calma, no caso dos shoppings. Mas eles têm a função de entreter, e não de cuidar seu filho se for uma criança pequena. É importante que um responsável esteja junto.
Com quem está a criança?
A mãe pensa que a criança está aos cuidados do pai ou vice-versa. É importante deixar bem claro com quem a criança está. Deixe bem claro ao seu acompanhante: "estou saindo e fulano está com você".
Veja depoimento de mães:
Graciela Dietze, mãe do Eric, cinco anos e Jonas, três anos
"Em um dia de semana tranquilo fui no shopping com meus dois filhos e minha mãe. Entramos em uma loja grande e, enquanto olhava as roupas, os meninos ficaram brincando ao meu lado. Ouvi Eric chorando por ter se machucado e fui acudi-lo. Acho que não deu três segundos e percebi a ausência do Jonas. Coração na boca, comecei a gritar por ele pela loja, desesperada. E nada dele aparecer. As pessoas assustadas me olhando. Eu já relembrando minha sogra falando sobre roubos de crianças, pernas moles. Até que alguém disse que havia visto um menino maior sozinho do outro lado da loja e quando corri lá vi duas funcionárias trazendo ele para me encontrar. Peguei ele no colo e o abracei...não queria mais soltar aquele abraço! Os piores minutos que já passei".
Silmara Silva, mãe do Bernardo, seis anos e Joaquim, dois anos
"Estávamos em um aniversário em um parque aquático. Eu, meu marido e meus dois filhos. De repente dei falta do maior e me desesperei. Comecei a perguntar para todos se tinham visto ele e ninguém sabia onde ele estava. Procuramos muito até que encontrei ele na fila de um brinquedo esperando sua vez. Fiquei tão feliz de encontrar ele que nem consegui brigar ".
Viviane Cardoso, mãe da Luisa, de cinco anos
"Uma vez me perdi do meu filho no supermercado. Foi tudo muito rápido. Logo o encontrei, mas foi a pior sensação que já passei... Não desejo isso pra ninguém".
Raquel Soares, mãe do Stefano, de quatro anos
"Não imagino passar por essa situação e por isso me utilizo dos ursinhos guias. Muitas pessoas me olham torto por onde passo, mas não me importo. Pelo menos estou segura que não perco ele de vista".
Lourdes Maria, mãe do Eduardo, hoje com 38 anos
"Eu já perdi meu filho na praia. Na época, com seis anos, ele foi correr atrás da bolinha do frescobol e se perdeu. Mas como já havíamos conversado sobre como agir ele procurou um salva-vidas que o ajudou a nos encontrar".
Vilma Nascimento, mãe do Samuel, 15 anos, do Daniel, 12 anos e da Hadassa, de sete anos
"Na saída do supermercado me virei para conversar com alguém e, em questão de segundos, o Samuel (na época com dois anos) sumiu. Ele tinha essa péssima mania de correr, especialmente no supermercado para procurar aqueles carrinhos que crianças podem dirigir, sabe. Então sai desesperada, gritando o nome dele. Na minha cabeça só passavam coisas horríveis como sequestro, venda de órgãos, etc. Rezei muito para Deus ajudar a achar meu filho até que avistei de longe um senhor trazendo meu filho no colo. Na hora me faltou ar e forças, eu me ajoelhei no chão e desabei no choro. Ele estava brincando com algumas crianças no outro andar.".
Vanessa Martini é mãe do Theo e jornalista. Tem um blog, o Mãezinha Vai Com As Outras, onde divida a rotina e os aprendizados da maternidade. Escreve semanalmente sobre o assunto em revistadonna.com.