Conhecida desde criança pelo papel de Emília na adaptação de Sítio do Picapau Amarelo, Isabelle Drummond, 30 anos, falou recentemente sobre a experiência de ter perdido seu pai na infância. Fernando Luiz Drummond Xavier foi assassinado em 2007, aos 45 anos, durante um assalto.
Conhecida por prezar pela privacidade em sua vida pessoal, a atriz fez no domingo de Dia dos Pais (11) uma postagem em seu Instagram homenageando Fernando. No texto, ela afirmou que o pai possuía "uma espécie de perfume de alegria que se espalhava… seu coração carregava a semente da Justiça".
Em entrevista a coluna Play do Jornal O Globo, Isabelle explicou o que a motivou a homenagear o pai de maneira pública.
— Tem vezes que dá vontade de falar. Estava no carro. De repente, estava fazendo uma carta para ele na minha cabeça, no meu coração. Aí falei: "Ah, vou fazer uma carta para o meu pai hoje". — relatou a atriz. — Ele é uma pessoa muito admirada por mim e por todos que estavam com ele. Era uma pessoa solar. Essas pessoas fazem muita falta.
Isabelle também comentou sobre sua personalidade mais reservada. De acordo com ela, a curiosidade do público é compreensível até certo ponto, mas manter sua vida privada é uma decisão dela.
— Gosto de falar sobre arte, sobre meu trabalho. Gosto de trocar com as pessoas que querem conhecer mais a arte que estou fazendo e o meu olhar sobre o mundo. Entendo a curiosidade nesse lugar. A curiosidade pessoal já é questão de escolha. Tem gente que abre mais, tem gente que abre menos. Eu abro menos.
Afastamento das novelas
Durante a conversa com a jornalista Anna Luiza Santiago, Isabelle também comentou sobre seu afastamento das novelas. A última da qual a artista participou, Verão 90, foi ao ar em 2019.
De acordo com a atriz, ela está investindo em projetos que a permitam trabalhar também atrás das câmeras. Atualmente, Isabelle está envolvida em um filme sobre Laura Alvim, que lutou para transformar sua casa em um Centro Cultural. Na produção, Isabelle atuará como produtora e protagonista.
Ela explicou que a mudança de carreira tem relação com a necessidade de expor sua visão de mundo. Essa vontade a levou a buscar novas possibilidades de trabalho.
— Passei a sentir falta, nos trabalhos para os quais fui convidada, de poder acrescentar minha visão de mundo e meu lugar de mulher — relatou. — Quero dar voz a histórias que me atravessam. Tudo isso toma tempo. Tive que parar um pouco em alguns períodos. Para fazer cinema no Brasil você precisa se dedicar. Filme é como uma empresa.