Após reportagem do Fantástico deste domingo (17), que abordou denúncias contra o jogo Crash, conhecido como "Jogo do Aviãozinho", Mel Maia, Jon Vlogs e outros famosos se pronunciaram sobre o envolvimento com a plataforma Blaze. O jogo é um dos principais da casa de apostas online, em operação no Brasil desde 2019 e que conta com 40 milhões de usuários.
Operada pela Prolific Trade N.V., com sede em Curaçao — ilha holandesa no Caribe conhecida como um paraíso fiscal —, a Blaze vem sendo investigada pela polícia de São Paulo por suspeita de estelionato, após apostadores denunciarem que prêmios mais altos não seriam pagos. Na reportagem, um dos destaques foi a participação de influenciadores digitais na divulgação do jogo. Entre os citados, Viih Tube, Juju Ferrari, Jon Vlogs, Mel Maia e Juju Salimeni.
O que dizem os envolvidos
Os cinco se manifestaram ainda no domingo. Viih Tube e Juju Ferrari afirmaram não ter mais contrato de divulgação com a empresa. Já a assessoria de Jon Vlogs afirmou que ele tem um contrato com a Blaze desde 2021, com a qual mantém uma relação exclusiva de influenciador, sem participação acionária.
Mel Maia enviou nota assinada por seus advogados ao Fantástico em que afirma não ter conhecimento acerca de qualquer investigação envolvendo o site, tendo sido contratada apenas para realizar ações de publicidade, e conclui que aguardará o desfecho do procedimento para tomar as medidas cabíveis. Juju Salimeni postou uma série de stories em que chama a emissora de hipócrita e a acusa de receber patrocínio de instituições similares.
Após a reportagem ir ao ar, Jon Vlogs postou vídeos nos stories, que foram criticados pelo público, em que comentou a relação com a casa de apostas.
— Na Blaze, eu sou um influencer como todos os outros aí. Os caras da Blaze me pagam, eu faço o meu serviço: story, live, post no feed. Eu tenho o meu valor por isso. E também fui um cara esperto que montou uma agência e trouxe um monte de influencers que forraram muito (ganharam dinheiro) e agora dizem que "não, não sei o quê". Todos eles ganharam muito dinheiro e estão querendo se afastar. Mas a verdade é que cassinos são todos iguais — justifica o influenciador.
Carlinhos Maia também se manifestou em vídeo por meio dos stories, explicando o trabalho na plataforma.
— Pra você que tá em casa: se você não tem cabeça, não jogue! Se você não consegue se controlar na cachaça, não beba! O mundo, as pessoas, sempre vão estar influenciando você pra alguma coisa. Se eu disser: "Pule do penhasco", você vai pular porque eu tô dizendo a você? Não! Vai dizer, "Ah me influenciou". Eu não jogo. Eu divulgo, mas não jogo —argumenta ele.
Embora os jogos de azar sejam proibidos no Brasil, o site se ampara por uma brecha na legislação por ter sua sede no Exterior e funcionar exclusivamente online.