Não é uma fase, não é confusão: estas são as principais premissas reforçadas no Dia Internacional da Visibilidade Bissexual, celebrado nesta sexta-feira (23). Para marcar a data, reunimos abaixo famosas que, recentemente, abriram o jogo sobre sua bissexualidade e buscam ajudar a desmistificar o assunto.
A atriz falou sobre sua bissexualidade em entrevista ao jornal carioca Extra no último domingo (18). Atualmente casada com o ator e diretor Hugo Moura, ela comentou que já se envolveu com outras mulheres.
— Eu sou livre, gosto de pessoas — disse a artista. — Tenho uma inclinação maior a me interessar por homens, mas já namorei algumas mulheres.
Deborah falou no assunto enquanto comentava sobre sua personagem, Marlene, na série Rensga Hits, da Globoplay. De acordo com a artista, sua rivalidade com Helena (interpretada por Fabiana Karla) pode indicar uma atração secreta de uma pela outra. A atriz declarou então sua admiração por mulheres.
— Quando elas são muito incríveis e interessantes, me seduzem também.
Após assumir namoro com o professor de filosofia Patrick Pessoa no ano passado, a atriz usou seu perfil do Twitter para falar sobre sua bissexualidade. Em dezembro de 2020, a artista havia terminado o relacionamento de quase dois anos com a artesã Beatriz Coelho.
"Gente, a letra B da sigla não é de Beyoncé não, tá?", ironizou ela na rede social, em referência à comunidade LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis).
"Amem e sejam felizes. Eu tô!", concluiu.
Em um bate-papo com seus seguidores do Instagram em 2020, a atriz falou sobre seu relacionamento com a também atriz Marcella Rica e explicou que se considera bissexual.
— Me considero bi. Tudo o que eu vivi antes de conhecer a Má foi verdadeiro, real, de verdade. Foi intenso também. Então, me considero bi.
Em entrevista à revista Quem publicada em março deste ano, a gaúcha falou sobre a noiva e contou como percebeu que estava apaixonada por uma mulher.
— Marcella foi a primeira mulher que beijei na boca. Sempre fui muito de ficar com as pessoas que já conhecia. A gente não ficou por ficar. A gente se conheceu, eu sabia que ela queria ficar comigo, a gente não tinha ficado ainda. Depois de um tempo convivendo juntas, uma amiga chegou para mim e falou: "Eu acho que você está gostando da Marcella". Eu não tinha reparado, me ligado disso. É natural. Eu estava acostumada e condicionada a sair com homens. Não tinha aberto outras possibilidades. E a Marcella me encantou. Quando a gente se beijou pela primeira vez, eu já estava apaixonada. A gente se conheceu e eu não cogitava no início, não olhei para ela com esse olhar, tinha gostado como amiga. Comecei a perceber que o que eu estava sentido era similar ao que eu tinha sentido da última vez que tinha me apaixonado. Então me permiti viver isso — relatou ela.
A atriz reflete sobre assuntos como maternidade, feminismo e sexualidade em seu livro Mulheres que Habitam em Mim, lançado em julho. Na obra, ela também comenta sobre a dinâmica de seu relacionamento com o ator e humorista Elídio Sanna, do grupo Barbixas, com quem mora desde 2020 após cinco anos de namoro.
"Eu nunca gostei muito de rotina, de sempre ter que fazer as mesmas coisas. E o casamento, a vida a dois, tem muito de rotina. Em muitos casos, é bastante sufocante", opina ela.
Samara explica que a atual relação tem "liberdade" e, por conta disso, pôde descobrir sua bissexualidade.
"Com o Elídio tem sido de uma maneira mais aberta, leve e com liberdade. Isso tem sido uma boa química para nós, sem cobranças. Inclusive, com ele, descobri sem tabus ou medo a minha bissexualidade", revela, na publicação. "Sempre senti vontade de beijar mulheres também, mas sempre vinha um lado de muita culpa e 'erro'. Como se eu não pudesse sentir aquilo. Passei anos negando. Tão bom ser livre. E quero que isso seja passado com acolhimento e naturalidade para as minhas filhas. Ainda não sentei e falei abertamente sobre, mas tampouco hoje em dia isso é um tabu para elas".
Mariana Lima
Em entrevista à Donna no ano passado, a atriz, que estrelava a novela Um Lugar ao Sol, falou sobre bissexualidade a partir de sua personagem da trama, Ilana, que se apaixonada por uma mulher.
— Parto do princípio de que somos bissexuais, E aí, a gente reprime isso e faz uma escolha. Mas há pessoas que, felizmente, não vão fazer essa escolha radical. E espero que as minhas filhas não precisem fazer essa escolha, que sejam bissexuais à vontade. Mas a Ilana é uma clássica heterossexual que não imagina isso. Quando acontece, é uma crise. Ela não consegue entender o que está acontecendo com o corpo dela, o que está sentindo. Vai ficar nesse conflito, que muitas mulheres e homens vivem, de se descobrirem, às vezes tardiamente, bissexuais. Tenho várias amigas na casa dos 45, 50, que se apaixonaram por mulheres. A Ilana vai resistir muito a isso, e acho que a sociedade brasileira também resiste a aceitar. É um conservadorismo grande, uma dificuldade de aceitar a diferença, na verdade, seja ela qual for, e isso é assustador.
Lili Reinhart
A atriz, que interpreta Betty Cooper na série Riverdale, falou pela primeira vez sobre sua bissexualidade em uma publicação em seu perfil do Instagram feita em 2020. Na mensagem, ela diz que iria se juntar a um protesto da comunidade LGBT+ contra o racismo.
"Apesar de nunca ter anunciado publicamente antes, eu sou uma mulher bissexual orgulhosa. E vou participar desse protesto hoje!", escreveu a atriz.