Nesta terça-feira (17), a cantora e ex-BBB Flay mostrou nas redes sociais como sua pele ficou depois do uso de um chip hormonal, também conhecido como "chip da beleza". Na imagem, compartilhada nos Stories do Instagram, ela aparece com o rosto repleto de espinhas e responde ao questionamento de um seguidor.
"Verdade que o chip hormonal te deu muita espinha?", perguntou.
"Muita espinha? Destruiu minha pele. Agora não tem mais espinhas, estão só algumas machinhas e estou tratando essa porr*. Agora o efeito do chip acabou, graças a Deus. Nunca tive espinhas no rosto na minha vida inteira, nunca! Tive nas costas durante a puberdade. No rosto, nunca", desabafou ela em resposta.
Em novembro do ano passado, GZH publicou um alerta feito pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) sobre os tais "chips da beleza". Na nota, a entidade foi enfática em afirmar que não recomenda o uso de implantes hormonais de gestrinona, seja para fins estéticos ou melhora no desempenho físico.
"A SBEM vem a público informar que não reconhece os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaçando veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico", afirma a nota.
Segundo o texto, o implante de gestrinona não está "de acordo com a padronização de medicamentos hormonais" e não existe "evidências científicas de qualidade referentes à eficácia e segurança". Por isso, segundo a SBEM, o produto não tem aprovação de uso pelas diferentes agências regulatórias em diversos países.
Divulgados amplamente nas redes sociais por médicos, ginecologistas e até por pessoas sem formação adequada como sendo a solução para problemas relacionados à menstruação e menopausa, ou ainda como um aliado estético, os implantes hormonais de gestrinona chamados também de "chips da beleza" não têm registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tampouco são uma opção terapêutica reconhecida e recomendada pela Sociedade de Endocrinologia Americana, ou pela Sociedade Americana de Menopausa ou pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O uso dos implantes hormonais em questão tem sido vinculado a possíveis efeitos terapêuticos no tratamento de sintomas da menstruação, menopausa, doenças dependentes do estrogênio (hormônio feminino) ou contracepção. No entanto, o uso se popularizou devido aos supostos efeitos colaterais que podem incluem aumento de massa muscular, da libido e da disposição física.