A atriz Amber Heard afirmou, em depoimento nesta segunda-feira (16), que seu ex-marido, Johnny Depp, a jogou contra uma parede e enrolou uma camisa em seu pescoço na lua de mel dos dois. Os artistas se casaram em fevereiro de 2015 e celebraram a união em uma viagem no trem Expresso do Oriente em julho do mesmo ano, depois que Depp terminou de filmar o quinto filme da saga Piratas do Caribe. As informações foram publicadas pelo portal g1.
Questionada por seus advogados, Amber afirmou que o casal discutiu se Depp deveria beber na viagem. Ela disse que eles tinham um relacionamento amoroso enquanto ele estava sóbrio, mas que muitas vezes o artista se tornava violento quando bebia ou usava drogas.
Em um vagão do trem, relatou Amber, Depp teria dado um tapa em seu rosto e batido repetidamente seu corpo contra uma parede. Ele então teria tirado a camisa e a enrolado no pescoço da então esposa, contou a atriz ao júri.
— Foi assim que acordei na manhã seguinte — disse ela.— Acordei com ela ainda no pescoço e um nó gigante na parte de trás da cabeça.
Anteriormente no julgamento, o ator negou todas as agressões e disse que, na verdade, foi ele quem pediu o divórcio e que Amber só fez as acusações de violência por vingança.
Os dois brigam na Justiça após diversas acusações de ambos os lados e pedidos de indenização. No ano da separação, Amber pediu uma ordem de restrição contra o ex-marido, alegando que ele a agredia devido ao uso exagerado de álcool e drogas. Em dezembro de 2018, a atriz escreveu um artigo de opinião, publicado no jornal The Washington Post, em que afirmava ser uma sobrevivente de violência doméstica de uma figura pública, sem citar o nome do ator. Por conta disso, Depp processa Amber em US$ 50 milhões (cerca de R$ 233 milhões) por difamação. Ela, por sua vez, rebate e pede US$ 100 milhões (cerca de R$ 502 milhões).
Em 2020, em Londres, o ator também processou a editora do jornal The Sun por um artigo que o apresentava como um marido violento. Depp admite ter abusado de drogas e álcool, mas insiste que nunca bateu em uma mulher. A justiça britânica decidiu a favor do The Sun, considerando que "a grande maioria dos supostos ataques foi comprovada".