A rainha Elizabeth II não participará das celebrações do Dia da Commonwealth, na segunda-feira (14), anunciou o Palácio de Buckingham nesta sexta (11). A cerimônia seria o primeiro ato público em meses do qual participaria a monarca, com quase 96 anos, depois de sofrer vários problemas de saúde, incluindo covid-19. Autoridades do palácio informaram que a rainha pediu ao filho mais velho, o príncipe Charles, para representá-la.
Chefe de Estado em 15 dos 54 países dos cinco continentes que compõem a Commonwealth, a monarca planejou assistir ao serviço religioso, que é realizado anualmente nesta data na Abadia de Westminster, no centro de Londres.
Seu estado de saúde, no entanto, tem sido motivo de preocupação desde que os médicos a forçaram a descansar, em 20 de outubro, e mais tarde, quando passou uma noite internada para se submeter a "exames" cuja natureza nunca foi revelada.
Após o duro golpe da morte de seu marido, em abril, o príncipe Philip, a quem ela descreveu como "seu pilar", a soberana do Reino Unido retomou uma agenda lotada. No entanto, seguindo o conselho médico, ele teve que reduzir bastante suas aparições públicas.
Desde o início da pandemia, a rainha vive reclusa no Castelo de Windsor, cerca de 40 km a oeste de Londres, onde celebrou a grande maioria de seus compromissos oficiais, seja online ou pessoalmente, como quando recebeu o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
A soberana, que comemorou 70 anos no trono em 6 de fevereiro (um recorde para a monarquia britânica), apareceu nos últimos meses de vez em quando andando com uma bengala, e durante uma reunião com dois oficiais militares do alto escalão em Windsor. Em meados de fevereiro, ela reconheceu que é difícil "se mover", enquanto aponta para a perna esquerda.