Após a atriz Evan Rachel Wood relatar ter sido estuprada pelo cantor Marilyn Manson durante as gravações do clipe da música Heart-Shaped Glasses, gravado em 2007, o advogado do artista negou o ocorrido em uma declaração enviada ao jornal britânico The Guardian nesta segunda-feira (24). Howard King descreveu a acusação como "descarada e a mais fácil de refutar, porque havia várias testemunhas".
— Evan não foi apenas totalmente coerente e engajada durante os três dias de filmagem, mas também fortemente envolvida em semanas de planejamento de pré-produção e dias de edição de pós-produção do corte final. A cena de sexo simulada levou várias horas para ser filmada, com várias tomadas, usando diferentes ângulos e várias pausas longas entre as configurações da câmera — disse ele.
Por fim, acrescentou:
— Brian (Warner, verdadeiro nome do cantor) não fez sexo com Evan naquele set, e ela sabe que isso é verdade — afirmou.
O relacionamento abusivo entre a atriz e Manson se tornou tema do documentário Phoenix Rising, que teve sua primeira parte exibida no Festival de Sundance no domingo (23) e deve estrear na HBO no segundo semestre de 2022. A produção, dirigida por Amy Berg, mostra Wood falando sobre a época em que foi vítima de abuso durante a relação.
Segundo Wood, o cantor a intimidava fisicamente e psicologicamente, com diversas ameaças de morte. A atriz, que tem ascendência judaica, precisou conviver com Manson decorando a casa em que viviam com objetos nazistas e exaltando Adolf Hitler. Ela também conta que ele a violentou durante as gravações do clipe da música Heart-Shaped Glasses. Familiares da atriz colaboram com o seu relato.
Marilyn Manson enfrenta diversos processos envolvendo acusações de abusos sexuais, além de ainda estar sob investigação de autoridades. O artista nega todas as acusações e diz que os processos contra ele tratam de relações íntimas que ocorreram de forma consensual.