Aos 27 anos, a modelo e influenciadora digital mineira Paola Antonini é exemplo e inspiração para muita gente. Há exatos sete anos, no dia 28 de dezembro de 2014, ela perdeu a perna esquerda em um acidente de carro quando estava indo viajar com o então namorado para passar a virada do ano no Rio de Janeiro. Apesar da situação difícil, sua positividade e gratidão por estar viva ainda hoje contagiam muitas pessoas e, atualmente, ela segue inspirando os mais de 2,7 milhões de seguidores no Instagram ao compartilhar sua rotina com a prótese.
Para "celebrar" a data, Paola fez duas publicações na página. Na primeira, comparou fotos suas de "antes de depois" do acidente, usando o mesmo vestido.
"Antes e depois! Sete anos de intervalo entre essas fotos e tanta coisa mudou! Só consigo agradecer imensamente a Deus por essa chance de viver e por esse propósito tão lindo! Honrada de ter sido escolhida por Ele", escreveu na legenda.
Confira:
Na sequência, posou com um bolo e um balão (no qual está escrito "7 anos") e citou o "renascimento" após o acidente.
"Sete anos de acidente, sete anos de renascimento", resumiu Paola.
Veja:
Na época, o acidente com a jovem modelo repercutiu na imprensa e provocou comoção em Minas Gerais. Mas Paola começava, ali, a surpreender aos familiares recusando desde os primeiros minutos o papel de protagonista de dramalhão. Foi assim que ganhou cada vez mais seguidores nas redes sociais e virou referência de pessoa alegre e bem-sucedida para muitos que passaram ou estão prestes a passar por amputações.
O acidente
Eram 5h da madrugada quando Paola, na época com 20 anos, e o então namorado há apenas 12 dias, Arthur, carregavam as malas no porta-malas do carro para passar a virada de ano em Búzios. A metros dali, lomba acima, uma motorista de 24 anos sob influência de álcool tentou recolher o celular que caíra no piso do carro. Ela perdeu o controle do veículo e atingiu o casal. Arthur teve apenas ferimentos leves, mas Paola ficou prensada da cintura para baixo entre os dois carros.
Segundo a família, Paola não só ficou consciente por horas até o socorro chegar como se encarregava de acalmar aos demais. Seu único cuidado era não olhar para a perna. Bastavam os olhos arregalados de todos que espiavam.Prestes a entrar para a cirurgia, ela se deu conta de algo e puxou a manga de um dos médicos. Perguntou em bom mineirês:
— Doutor, eu não vou morrer, não, né? Porque, se eu for, não me despedi de ninguém, uai — contou ela quando estampou a capa de Donna em 2017.
Tranquilizada pela equipe médica, Paola entrou na sala de cirurgia e saiu 14 horas depois. A perna esquerda não pôde ser salva. Foi amputada abaixo do fêmur. Os esforços para salvar a perna resultariam também em uma cicatriz enorme na perna direita, de onde os médicos retiraram uma veia para tentar transplantá-la, sem sucesso, ao membro comprometido.