Em entrevista ao The Guardian, Angelina Jolie disse que teve uma briga com o ex-marido, Brad Pitt, em 2012, quando ele procurou o produtor Harvey Weinstein e sua empresa, The Weinstein Company, para distribuir o seu filme O Homem da Máfia. Segundo Jolie, o ator já sabia que ela havia passado por uma experiência de assédio com o produtor.
— Nós brigamos por isso. Claro que doeu — comentou a atriz, explicando que evitou ao máximo comparecer aos eventos promocionais do filme.
Sobre sua experiência com Weinstein, que hoje está preso por assédio e estupro de outras mulheres, Jolie não quis entrar em detalhes. A atriz tinha 21 anos quando filmou a comédia romântica Corações Apaixonados (1998), produzida por Weinstein. Ela disse que conseguiu "escapar" do assédio do produtor, mas refletiu:
— Se você consegue fugir da sala, você pensa: "Ele tentou, mas não abusou de mim", certo? A verdade é que a tentativa, a experiência da tentativa, já é um assédio. O que ele fez foi mais do que uma cantada, foi algo de que tive que fugir.
Após essa experiência, a estrela tentou avisar outras pessoas em Hollywood que Weinstein era perigoso.
— Eu permaneci longe dele. Eu lembro de contar a Jonny (Lee Miller), meu primeiro marido, e ele foi ótimo em relação a isso, vivia dizendo a outros caras, avisando: "Não deixem ele sozinho com mulheres" — contou.
Jolie ainda recusou um papel em O Aviador, filme de Martin Scorsese, por causa da associação de Weinstein ao projeto.
— Eu nunca mais cheguei perto dele. Então, foi difícil para mim quando Brad fez isso.