Em um vídeo publicado no seu canal do Youtube nesta segunda-feira (4), a apresentadora Luciana Gimenez admitiu ter baixa autoestima e contou sua jornada no processo de aprender a gostar do próprio corpo.
— Eu tinha combinado de falar de autoestima. Hoje era um dia em que falei: "Vou fazer vídeos". Cheguei no meu quarto hoje, olhei para a minha cara e falei: "Como vou olhar para a minha cara e falar de autoestima se estou sem nenhuma?". Será que era para ser um vídeo motivacional? Se for, não vai dar certo. Porque não estou com nenhuma autoestima. Eu me acho feia, acho que sou alta demais. Não gosto das minhas pernas, da minha bunda. A minha barriga é bonita, ok, mas como vou falar para as pessoas que estão me assistindo de autoestima? — começou ela.
Na sequência, contou sobre um episódio recente em que estava na praia com o namorado, o empresário Eduardo Buffara, quando amarrou uma canga em volta do quadril. Ao ser questionada por ele o motivo de esconder o corpo, ela admitiu que não gostava.
— Ele falou: "Luciana, você está louca?". E eu falei: "Mas eu tenho horror à minha bunda". Então comecei a pensar se era coisa de agora, que estou mais velha. Então, lembrei de quando tinha 18 anos, que ia à praia e, para levantar para ir ao mar, ia de lado — relatou.
Após contar que sofria bullying na escola, em que era chamada de vários apelidos por ter "pernas longas demais", e relembrar situações constrangedoras nas agências de modelo, Luciana explicou a decisão de falar abertamente sobre todas essas questões.
— Realmente resolvi mostrar um pouquinho mais quem é a Luciana, porque as pessoas têm uma ideia errada. Acham que sou perfeita, que me acho linda, que me acho acima de alguém, que me acho. Quero dizer que não. Sou exatamente como vocês. Eu me amo? Eu me acolho. Eu me acolho muito. (...) A gente fantasia o mundo que está vivendo. Apareceu na televisão, e a gente já fala: "Aquele é rico, famoso". Como se o rico não tivesse problema. Mas a autoestima é uma questão de trabalhar em se amar, se aceitar, se desculpar e ver que é o melhor que você está podendo fazer. Porque, às vezes, é o melhor que a gente está podendo fazer hoje, não dá para exigir mais — refletiu.
Por fim, lembrou da época em que morou nos Estados Unidos e passou por grandes dificuldades financeiras.
— Já tive momentos que não tinha dinheiro para comer. Não tinha dinheiro para almoçar e jantar, tinha que escolher se comprava bilhete do metrô para poder me locomover e tentar ganhar dinheiro ou se ia almoçar e jantar. Nesses dias, ainda pensava que estava feliz. E teve outros momentos da vida, em que tinha dinheiro, ganhando bem e que podia comprar o que quisesse, mas não estava feliz. Então, não é dinheiro —concluiu.