O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama está prestes a lançar sua biografia, intitulada Uma Terra Prometida, no dia 17 de novembro. Em algumas das 768 páginas da publicação, o político falou sobre como assumir o cargo executivo afetou seu relacionamento com a esposa, Michelle Obama, com quem é casado desde 1992.
Em trechos divulgados, o ex-presidente relata sentimentos que teve ao longo do tempo em que os dois moraram na Casa Branca como a primeira família, junto com as filhas Malia, agora com 22 anos, e Natasha, com 19.
“Eu continuei a sentir uma corrente de tensão nela, sutil, mas constante, como o fraco zumbido de uma máquina escondida", comparou ele.
Para Obama, não só o trabalho da esposa foi ampliado com a presidência, mas ela também virou alvo de "escrutínio e ataques".
"Foi como se, confinados como estávamos dentro das paredes da Casa Branca, todas as suas fontes anteriores de frustração se tornassem mais concentradas, mais vívidas, fosse (por causa da) minha absorção 24 horas por dia com o trabalho ou a forma como a política expunha nossa família ao escrutínio e ataques. Ou a tendência, até mesmo de amigos e familiares, de tratar o papel dela como secundário em importância”, escreveu o ex-presidente.
Esse tipo de agonia o fazia ficar acordado à noite ao lado de Michelle, pensando na sua vida antes da presidência, "quando tudo entre nós parecia mais leve, quando o sorriso dela era mais constante e nosso amor menos sobrecarregado. Meu coração de repente apertou ao pensar que aqueles dias podiam não voltar".
Michelle, que também escreveu sua biografia, Minha História, lançada em 2018, lembrou, sem vergonha alguma, que recorreu à terapia de casal para resolver questões no relacionamento com Obama – e hoje recomenda a prática em entrevistas. Na obra, Michelle reconhece que "casamento é difícil" e que os jovens precisam entender que manter uma relação por tantos anos dá trabalho.