Em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (6), a apresentadora Karina Bacchi contou que pretende retomar o tratamento para engravidar ano que vem. Ela já é mãe do pequeno Enrico, de três anos, fruto de produção independente.
— Ano passado, minha prioridade foi me dedicar aos tratamentos. Não deu certo e tivemos que parar na pandemia, pois muitos dos procedimentos foram proibidos temporariamente. Aproveitei isso para me dedicar ao trabalho, mas segue sendo uma ideia para o próximo ano. E, quando acontecer, terei que diminuir o ritmo profissional, ir ajustando e equilibrando. Não faço nada que vá me deixar estressada nesse sentido. Se um médico disser para mim "Olha, tem que ser este mês", vou parar as outras coisas porque o tempo não para e a idade não para — contou ela.
Para a publicação, Karina também falou que o período de distanciamento social foi de "grande aprendizado" para ela e o marido, o empresário Amaury Nunes, "como família e como casal".
— Nos fortalecemos e nos conhecemos mais, porém, foi um processo difícil. Precisamos dividir todas as tarefas, aprender a entender o tempo e o espaço do outro e dialogar mais para colocar as coisas no eixo. A gente achava que sabia tudo sobre o outro. Mas nunca tínhamos ficado juntos em tempo integral. Então, precisamos encarar isso de frente. Ou você se estressa e foge ou trata isso com amor e segue. É um momento de insegurança para todos. Se um dia um dos dois está impaciente, no dia seguinte, vai ser melhor. Relacionamento é assim. Não é tudo lindo e maravilhoso. Não tem príncipe e princesa da Disney. Eu tenho uma personalidade forte, sou independente. Ele também. Não estamos juntos porque precisamos um do outro, e sim para nos complementarmos. Quando vem um desafio, a gente quer ultrapassar. Casamento para mim é isso. Nunca vi como algo descartável, mas também nunca esperei que fosse tão difícil — refletiu ela.
Por fim, falou sobre seu novo projeto multiplataforma "Movimento Mulher de Atitude", em parceria com o treinador comportamental Juliano Barbosa, que busca ajudar mulheres a resgatarem a autoestima.
— Quero ajudar essas mulheres a despertarem suas melhores qualidades. O que mais me perguntam, ainda hoje, é como tive coragem de encarar a maternidade de forma independente. Também sempre ficam admiradas com o fato de eu ter mudado a minha vida várias vezes, tanto no quesito pessoal quanto no profissional. As pessoas têm medo de tomar certas decisões e se surpreendem quando fazemos algo que vai contra o que o senso comum acha que seja o melhor para nós. Sempre escuto: 'Como você enfrenta o medo assumir suas escolhas?'. Ou: 'Como consegue dar conta de tudo e ainda se envolver em projetos novos?'. Nada disso é simples. Essas perguntas acabaram me ajudando, porque vi que as pessoas enxergavam em mim muitas qualidades que eu tinha como coisas naturais. Isso porque tive o estímulo dos meus pais para ser assim. Muita gente não tem isso — concluiu.