Afastada dos estúdios de cinema e dos tapetes vermelhos por cinco anos por depressão, Renée Zellweger teve um retorno triunfal. A atriz ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz no domingo (5) por sua interpretação de Judy Garland na cinebiografia Judy.
O filme se passa durante uma fase conturbada na vida de Judy – um ano antes de ela morrer, aos 47 anos, após uma overdose de pílulas.
Em entrevista ao El País, a atriz falou sobre o peso da imagem para uma figura pública, especialmente em uma indústria que pode ser cruel, como a de Hollywood. A própria Renée sentiu isso: ao voltar a aparecer em público há alguns anos, teve a aparência duramente criticada:
– Acredito que todas as mulheres, especialmente se você vive nos Estados Unidos, sofrem esse escrutínio. Vivemos em um mundo onde o que importa são as aparências. Eu vivi isso, mas felizmente não até o grau que afetou estrelas como Marilyn Monroe. Ou Judy Garland. Esperava-se que dessem tudo assim que pisassem na rua. Nem quero imaginar o quão esmagador isso deve ter sido. Agradeço porque pertenço a outra época. As mulheres da minha geração têm maior autonomia e fazem ouvir sua voz como Judy nunca pôde – afirmou.
Aos 50 anos, porém, a atriz disse que está em uma fase de se reinventar:
– Tudo volta a ser novo! Não sei como descrever. Já fiz tudo e agora reinvento outra vez. Os 50 anos são como nascer de novo! Adoro essa redescoberta que vem sem as lições que você precisa aprender quando tem 20 e 30 anos.
Judy chega aos cinemas em 16 de janeiro.