Nesta quarta-feira (16), a BBC divulgou sua lista das 100 mulheres influentes de todo o mundo em 2019. As únicas brasileiras presentes na relação são a deputada federal Tabata Amaral, de 25 anos, e a filósofa e escritora Djamila Ribeiro, de 39 anos.
Neste ano, a edição partiu da pergunta "Como seria o futuro conduzido por mulheres?" para selecionar as personalidades:
"Os nomes escolhidos estão na vanguarda de seus campos e nos ajudam a vislumbrar como será a vida em 2030. A escolha se baseia em suas experiências pessoais, abrindo caminho para as próximas gerações", explicou a empresa.
A lista completa inclui nomes pops como a ativista de 16 anos Greta Thunberg, a atriz e diretora de cinema Bella Thorne e a atriz e ativista Yalitza Aparicio (do filme Roma). A relação está disponível no site da BBC.
Djamila é um dos nomes mais conhecidos quando se fala em ativismo negro no Brasil. Mestre em filosofia política pela Universidade Federal de São Paulo, dedica-se a temas como feminismo e racismo. Foi secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad (PT), entre maio a dezembro de 2016.
É autora de Quem tem Medo do Feminismo Negro? e O Que é Lugar de Fala?, e está prestes a lançar Pequeno Manual Antirracista. É fundadora do selo editorial Sueli Carneiro, que publica obras de escritoras negras brasileiras, latinas, indígenas e LGBT. Além disso, tem uma grande presença digital, onde estimula um debate sobre como o preconceito se dá na prática com seus centenas de milhares de seguidores.
Tabata, uma das mais jovens mulheres a integrar o Congresso brasileiro, foi eleita em 2018 como a sexta deputada federal mais votada em São Paulo, com 264.450 votos. Cresceu na Vila Missionária, na periferia de São Paulo, e na escola já destacava-se em concursos de matemática, astronomia, física e robótica. Recebeu uma bolsa para estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde se formou em Ciência Política e Astrofísica.
Antes de entrar para a política, trabalhou como pesquisadora, professora e funcionária das secretarias de Educação de Sobral, no Ceará, e Salvador, na Bahia. Foi uma das cofundadoras do Movimento Mapa Educação, organização social que tem como missão engajar os jovens na luta por uma educação de qualidade, e do Movimento Acredito, que visa combater a polarização política e a desigualdade social através de uma renovação política no país. Também integra o movimento RenovaBR, que busca apoiar novos nomes na política nacional.
Tabata e outros sete parlamentares foram suspensos do PDT em julho após votarem pela aprovação da reforma da Previdência no plenário da Câmara, não seguindo a orientação do partido. Em reação, disse que entrará na Justiça Eleitoral para sair do partido sem perder o mandato.