O inverno chegou e com ele, muitas vezes, percebemos paredes, pisos e forros de casa com gotículas de água, ou até mesmo com o líquido em maiores quantidades — que, por vezes, podem virar até poças e, mais tarde, o detestável mofo. É a temida umidade formada pelo nosso clima característico aqui no Estado.
Você sabia que com planejamento dá para minimizar esse mal? Para saber como proteger o lar, consultamos a arquiteta de interiores Carol Gomes, que atende em Porto Alegre e na Região Metropolitana.
Ar-condicionado x estufa: qual é o melhor?
Muito se fala que alguns eletrodomésticos podem ajudar na absorção da umidade nos períodos mais frios e úmidos. Mas será mesmo? E qual o melhor?
Carol comenta que equipamentos como a salamandra, a lareira e o ar-condicionado são capazes, sim, de reduzir a umidade interna da casa. Porém, nem todos oferecem isso na mesma proporção:
— Em termos de conforto térmico, as salamandras e as lareiras têm maior eficiência, uma vez que o ar-condicionado seca demais o ar, sendo uma queixa constante dos clientes — explica a arquiteta.
Além destes aliados, outro bom investimento recomendado por Carol são aparelhos auxiliares, como o toalheiro elétrico no banheiro que, quase sempre, consiste na área com maior concentração de umidade da casa.
— O toalheiro elétrico pode ser utilizado tanto no inverno como no verão, secando o ar e auxiliando na redução do vapor — explica.
Entre outros acessórios, estão os desumidificadores de ar elétricos ou químicos, que auxiliam na redução de umidade no ambiente e, inclusive, dentro dos armários.
Materiais para controle
Segundo a especialista, existem materiais e produtos que contribuem ainda mais para ambientes à prova de umidade:
— Costumo trabalhar com dois materiais de controle. Em primeiro lugar, vêm as tintas especiais com componentes impermeáveis, que auxiliam no isolamento da umidade externa como a tinta epóxi, por exemplo. Em segundo, vêm os revestimentos cerâmicos, que sempre foram utilizados com o propósito de deixar o ambiente seco e para controlar a umidade que vem da rua, e continuam sendo uma ótima opção.
Escolhas inteligentes
Dentre outras medidas que podem ser adotadas, Carol aconselha que os ambientes sejam projetados, planejados e escolhidos sempre com aberturas para a rua, e que estas, quando possível, favoreçam a ventilação cruzada nos ambientes.
— Em dias de boa ventilação, abra as janelas e portas para a entrada de ar, que auxilia na questão de não reter umidade dentro do ambiente. É claro que essa ventilação deve ocorrer nos momentos em que haja sol, durante o dia. Com o anoitecer, é importante fechar as esquadrias —lembra Carol.