Ao explicar o seu projeto do Trapiche da Lagoa, Léa Japur dá uma dimensão da importância por trás da beleza da margem do Condomínio Marítimo. A capitã de Léa Japur Paisagismo, responsável pelo projeto urbanístico do empreendimento, discorre sobre o respeito à natureza considerado em primeiro lugar.
- Tudo foi rigorosamente pensado de forma a minimizar o impacto do homem sobre o local, uma área de preservação permanente - conta Léa, ao lembrar que áreas alagadas são ricos ecossistemas, berçários de peixes e rãs e áreas de alimentação de aves migratórias.
Com 1,50m de altura acima do nível médio da água da lagoa, o trapiche paira sobre a área, com 3m de largura e 200m de comprimento, para vencer a distância até a margem. Todo o material da estrutura é madeira de florestamento e a iluminação serve apenas de marcação de piso, feita com LEDs de 12 volts, que não oferecem perigo junto da água da Lagoa da Custódia, conforme Léa.
- Não se deve drenar, caminhar, cortar o junco, amassar, colocar fogo (imagina!) e nem mesmo iluminar de outra forma esta área - ensina Léa, que evitou até remover galhos e raízes. Tudo intocado para evitar que, mesmo longe da área alagada, um eventual aterro sufocasse uma planta sequer - uma aula de ecologia.