Martha Medeiros
É sabido que, em alguns casos de sequestro, o refém é preso num quarto e, para evitar que escute ruídos que identifiquem o local do cativeiro, é submetido à música alta o tempo todo. Li o depoimento de um sequestrado que passou por esse suplício: disse que, na ocasião, seu maior medo não era morrer, e sim ter que ouvir aquela cafonice sem parar – a playlist escolhida estava destroçando seus melhores sentimentos e o conduzindo ao ódio e à loucura. Felizmente, foi salvo a tempo de recuperar a sanidade e o bom gosto.
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