Principal jogador do Barcelona. Camisa 10 da Seleção nas costas. Golaço de falta. Gaúcho. Se fossem dicas de um jogo de adivinhação, talvez você chutasse que o personagem com estas características é Ronaldinho Gaúcho. Também poderia ser, mas trata-se de Raphael Dias Belloli, o Raphinha, autor de um baita gol de falta nesta quinta-feira (14). Apesar da beleza, o lance não foi suficiente para evitar o empate em 1 a 1 do Brasil com a Venezuela, em Mantuín.
O ponto brasileiro deixa a Seleção provisoriamente na terceira colocação das Eliminatórias, com 17 pontos, atrás de Argentina e Colômbia e podendo ser ultrapassado pelo Uruguai, após 11 rodadas. Os brasileiros voltam a campo na terça-feira (19). O adversário será o Uruguai.
Pelé, Rivellino, Zico, Rivaldo, Ronaldinho, entre outros, agora têm companhia como autores de golaços de falta enquanto trajavam a camisa mais emblemática do futebol. Com a 10 da Seleção Brasileira, Raphinha enfiou a canhota na bola. Terminou o movimento com as pernas cruzadas, prontas para girar o corpo e correr para comemorar com os jogadores do banco de reserva. A bola ultrapassou a barreira, venceu o goleiro e ainda chocou-se com a trave antes de cruzar a linha. Golaço.
O relógio marcava 42 minutos do primeiro tempo. O gol foi a consequência de repetidos esforços do Brasil para marcar. O time de Dorival Júnior arrematou sete vezes no primeiro tempo. Quase todas com alta dose de perigo. Destaque para a primeira oportunidade para Raphinha marcar. Vinicius Junior driblou o goleiro, mas perdeu o ângulo. Rolou para o companheiro. O chute saiu sobre o gol.
O atacante do Real Madrid também acertou a trave, após passe de cavadinha de Savinho. Ainda teve uma terceira oportunidade. Nesta, não alcançou a bola. Ela sobrou para Igor Jesus, que carimbou o zagueiro. De longe, Gerson fez Romo trabalhar. O venezuelano não foi o único goleiro a ser exigido. Os donos da casa encontraram relativa facilidade para atacar. Também finalizaram sete vezes no primeiro tempo.
Ederson salvou duas vezes frente a frente com um adversário. Na terceira, já nos acréscimos, defendeu arremate de Rondon, após cruzamento da direita.
Segunda etapa
O segundo tempo começou como se o lance tivesse resultado em gol. Logo aos 40 segundos, a Venezuela aproveitou generosos espaços até Segovia chutar da meia-lua para empatar. O ímpeto brasileiro diminuiu. Ainda assim, o segundo gol esteve próximo.
Vinicius Junior foi derrubado dentro da área aos 13 minutos, após revisão do VAR — o árbitro havia sinalizado falta. Não era o dia do camisa 7. Sua cobrança encontrou as mãos do goleiro. O seu chute no rebote, a linha de fundo. Com as trocas no decorrer da etapa final Vini terminou a partida como o jogador mais adiantado do Brasil, mas as oportunidades não apareceram mais.
A produção ofensiva dos dois lados diminuiu. O gol passou a ser improvável. O segundo gol não saiu. Mas, apesar do resultado, o pessoal da Restinga, de onde Raphinha saiu, sempre terá o golaço de falta do conterrâneo.
Eliminatórias — 11ª rodada — 14/11/2024
Venezuela
Rafael Romo; Jon Aramburu, Wilker Ángel, Rúben Ramírez e Miguel Navarro; José Martínez (Tomás Rinco, 22’/2ºT), Eduard Bello (Alexander González, 34’/2ºT) e Yangel Herrera (Cristian Cásseres, 14’/2ºT); Savarino, John Murrillo (Segovia, INT) e Salomon Rondón (Cádiz, 34’/2ºT). Técnico: Fernando Batista.
Brasil
Éderson; Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner (Estêvão, 46'/2ºT); Bruno Guimarães (Gabriel Martinelli, 36'/2ºT), Gerson e Raphinha; Savinho (Luiz Henrique, 22'/2ºT), Igor Jesus (Lucas Paquetá, 22'/2ºT) e Vinicius Junior. Técnico: Dorival Júnior.
GOLS: Raphinha, aos 42min do 1ºT; Segovia, aos 40segs do 2ºT;
CARTÕES AMARELOS: Romo, Murillo, Cásseres e Segovia (V); Vanderson e Martinelli (B)
CARTÃO VERMELHO: Alexander González (V)
ARBITRAGEM: Andrés Rojas, auxiliado por David Fuentes e Miguel Roldan. VAR: John Perdomo (quarteto colombiano).
LOCAL: Monumental de Maturín, em Maturín, na Venezuela
Próximo jogo
Terça-feira, 19/11 – 21n45min
Brasil x Uruguai
Fonte Nova – Eliminatórias (12ª rodada)