Quando eu ainda engatinhava nos assuntos amorosos, testemunhei uma conversa entre duas mulheres experientes: uma delas estava determinada a encerrar um longo namoro, mas tinha dificuldade em colocar os pingos nos is. A amiga dela, em vez de dizer “vai lá, resolve isso de uma vez”, a consolava por seu desconforto. Eu, aos 20 e poucos anos, já tinha levado o meu primeiro “fora”, um rompimento dilacerante, então não estava entendendo nada. Por que tanta angústia se a decisão era dela? Quem sofreria mesmo seria o infeliz a ser descartado. Levantei essa hipótese, e a mulher que voltaria a ser solteira me disse: preferia mil vezes que ele terminasse comigo. Quando a gente toma a iniciativa, sofre bem mais.
Fim de namoro
Opinião
Assumir a responsabilidade de um desenlace é tão violento quanto ser surpreendido pela ruptura
Todo esse longo preâmbulo para chegar na parte que importa: todos ficarão bem
Martha Medeiros
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